Friday, July 29, 2011

Where?


 - I would've loved you forever. Now, please go.
 - Don't do this, Alice. Talk to me.
 - I am talking. Fuck off.
 - I am sorry. You misunderstand. I didin't mean to...
 - Yes, you did.
 - I love you.
 - Where?
 - What?
 - Show me, where is this love? I can't see it. I can't touch it. I can't feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can't do anything with your easy words. Whatever you say, it's too late.
 - Please, don't do this.
 - It's done. Now, please go, or I'll call security.

Wednesday, June 22, 2011

No dia em que eu morrer

No dia em que eu morrer os meus amigos juntar-se-ão ao ar livre num campo verde, ao pé de um lago. Uns relembrar-se-ão do momento em que me conheceram e recordar-se-ão de como me odiaram e me acharam uma besta. Ocorrer-lhes-á então o meu primeiro acto que os levou de mudar opinião em relação a mim. Outros pensarão apenas em como instantaneamente os cativei. Continuarão a lembrar-se de como nos tornamos amigos. Vir-lhes-á à memória o que fizemos e deixamos de fazer um pelo outro. Prosseguirão a rir das nossas aventuras e das parvoíces mais idiotas que levei avante. Vão pensar nas aflições que ultrapassamos juntos e nas tristezas que superamos com o apoio um do outro. Contarão novamente as nossas histórias lendárias que foram passando de boca em boca ao longo dos anos. Falarão das peripécias mais embaraçosas e das façanhas mais inusitadas. Os jogos, os desafios, as conversas, as noites e os dias. Emergirão também os gestos mais bonitos e ternurentos assim como os momentos mais simples e comuns que faziam os nossos dias e que deixarão inevitavelmente de acontecer. E, pela primeira vez, sem saberem se por hábito ou por homenagem, vão todos começar a cantar canções com as palavras que acabaram de ser ditas, tal como eu tinha a mania de fazer. Vão sorrir, vão chorar, vão rir… vão recordar. E se ao início não sabiam como começar a minha despedida, agora vêem-se obrigados a dizer apenas adeus. 

Não haverá funeral, nem haverá missa. Não haverá vigília, nem procissão. Não haverá roupas pretas, nem cânticos pré-ensaiados. Não haverá espectáculo, nem audiência. 

No dia em que eu morrer, os meus amigos guardarão tudo o que tenho de bom. Saberão porque a nossa amizade nasceu, vingou e resistiu. 

No final levarão consigo a única recordação que importa: a saudade, aquela que carrega consigo todas as boas memórias de nós, aquela que se manifesta na dor da ausência.

Monday, May 30, 2011

Monday, April 04, 2011

Dois meses numa livraria

Há gente a mais no mundo. Principalmente ao fim-de-semana.
Tenho para mim que antes de ser político, e enquanto tentava singrar como artista, Hitler trabalhou numa livraria e foi aí que o cérebro dele começou a avariar.
Tenho ondas esporádicas de instintos verdadeiramente homicidas quando estou a trabalhar, principalmente ao sábado. A sorte dos clientes é que eu peso menos de 50kg e meço pouco mais de metro e meio e, claro, há que ter noção das nossas limitações.

A propósito do Hitler, hoje um cliente queria trocar uma edição do Mein Kampf por outra específica, a que vamos chamar “Y”. Fui ao sistema e não tínhamos. Só por encomenda.

Cliente: E a edição do “X” (não me lembro agora que autor ele referiu)?
Eu: Pois esse autor não me aparece aqui.
Cliente: Posso ver?
(entra pelo balcão adentro e aponta para um dos resultados que me apareceu)
É provavelmente este. Tem?
Eu: Tenho de confirmar. Dê-me só um minuto.
Vou à estante, tiro livro, ponho livro, procuro… procuro…
***
E lá encontro. Volto ao balcão.
Eu: Está aqui. (enquanto lhe mostro o exemplar)
Cliente: Pois, exactamente. É essa!
Aguardo que ele pegue no livro. Ele continua a olhar para mim.
Cliente: Pois, mas eu não quero essa. Quero a outra, a do “Y”.
Eu: A que eu não tenho?
Cliente: Sim.
Eu: Então quer fazer a encomenda?
Cliente: Sim.
Eu: E não quer ver esta?
Cliente: Não. Essa já conheço.

Como eu disse, instintos homicidas.

Tuesday, March 15, 2011

Um mês e uns trocos noutra livraria...

Primeira constatação:
As pessoas não sabem o quer dizer a palavra apelido.

Segunda constatação:
As pessoas não sabem o que significa o verbo soletrar.

O que devia estar escrito no balcão em letras garrafais:
"Lamentamos, mas o que os funcionários têm à frente são computadores, não são bolas de cristal."

Tenho muitas mais pérolas para partilhar convosco mas agora vou dormir que este horário não me permite ter vida social, como já repararam. Foi só mesmo para dizer olá.

Olá!

Saturday, January 08, 2011

Silêncio e tanta gente

Estou muito muito indecisa.

Não sei se gosto mais da canção ou dos primeiros 10 segundos do vídeo...

Wednesday, January 05, 2011

Desporto em sentido lato

Esta notícia deu hoje no telejornal da SIC e está online no site do mesmo canal:

«Portugal sonha com 4º lugar no Mundial de Matraquilhos

A seleção nacional de matraquilhos, que no ano passado trouxe para Portugal o 9º lugar no campeonato do mundo da modalidade, vai lutar pelo 4º, na edição deste ano, em Nantes, França. Portugal vai jogar em alguns escalões com os Estados Unidos, campeão do mundo, e noutros com a França, "um dos países com mais expressão na modalidade".
O selecionador nacional, Vítor Fonseca, afirmou que, "apesar da pouca sorte no sorteio das equipas e da desvantagem técnica, os atletas sentem-se mais fortes e vão partir para a competição certos de que farão uma melhor prova do que no ano passado". (...)»

Os "atletas"??
A sério que os jogadores de matrecos se chamam atletas?
E que os matrecos são um desporto?
Juram?

Oh pá, extraordinário!

E eu que sempre pensei que os atletas fossem os homenzinhos de madeira, dentro da caixa, aos pontapés à bola de pingue-pongue...

Ele há coisas formidáveis...

ET Go Home!

Juro que fico com pele de galinha quando ando por esses sites fora à procura de emprego.
Não é a depressão do não ter emprego e do antever um futuro mais negro que a peste.
A desmoralização não ajuda, só atrapalha e já me deixei disso (até ver, pelo menos).

É o facto de sites como o Carga de Trabalhos deixarem alienígenas publicar anúncios nas páginas deles.
É que algumas ofertas de emprego são escritas por pessoas que não são de cá, meus amigos. Garanto-vos!
E eu sou toda a favor da igualdade de direitos mas traço a linha imaginária do meu limite a extra-terrestres.
Peço desculpa mas vocês voltem lá para o vosso planeta que aqui já há gente suficiente.

Mas eles continuam a redigir propostas de emprego e propostas de estágio e ninguém diz nada.
Está tudo bem.
Deixam o ET telefonar para casa, pagam a conta à PT e ainda agradecem porque ele é fofinho.

Estou fartinha de empresas que têm uma vaga mas na realidade precisam do trabalho de uma equipa.
Então pedem uma pessoa que domine todos os softwares inventados pelo homem (e alguns até devem ter sido inventados para lá do Cinturão de Orion porque eu nunca sequer ouvi falar neles.)

Para além disso, esse domínio dos softwares (que não pode passar apenas por um conhecimento básico) tem de ser comprovado por anos de experiência.

Estou pelos cabelos de empresas que pedem pessoas com experiência só porque sim.
O trabalho pode perfeitamente ser feito por um recém-licenciado, mas eles querem experiência.
Expliquem-me como é que os recém-licenciados vão ganhar experiência se as ofertas exigem, no mínimo, 3 anos de experiência.
Ai já sei. Metam-se em estágios curriculares.
Que desses há muitos e gente a trabalhar de graça é o que se quer.
É bom para o CV e dá-vos estaleca!
Mas sabem o que não dá? Dinheiro.
Pois é, e nos dias que correm ganhar uns trocos dava um jeitaço do caraças.
Porque trabalhar de graça começa a mexer com os nossos nervos.

Mas o que me tira do sério é estes alienígenas acharem que uma oferta de emprego deve estar carregadinha de originalidade e humor.
Agora encontrei este:

“Muita criatividade, espírito de equipa, que saiba pensar e faça os outros pensar e que tenha um despertador que toque a horas.
Alguém com bons conhecimentos de Inglês falado e escrito, boa relação com a língua materna (nada de traições), bons conhecimentos de informática, espírito de iniciativa e capacidade de aprendizagem, e ainda, uma licenciatura na área porque ninguém nasce ensinado.
Funções:
-Escrita criativa e editorial;
-Apoio ao desenvolvimento de conceitos e estratégias de comunicação;
-Revisão de conteúdos.
Junta o teu portfolio e os teus dados pessoais e envia para o email indicado.
Tipo: full-time / estágio 3 meses / subsídio de alimentação e transporte.”

Sim, é um estágio curricular para alguém que já se licenciou (ou seja, que já fez um estágio curricular e agora precisa é de ganhar dinheiro).
E não precisa ser pontual, tem é de ter um despertador que toque a horas.
Amigos! Uma proposta de emprego tem de conter toda a informação necessária de forma simples, directa e clara.

Se um tipo anda à procura de emprego, o mais provável é não estar com grande paciência para piadas parvas e chavões, sim?
Agradeço o esforço e as boas intenções mas… não façam mais, está bem?

E pelo amor da santa, tentem contratar uma pessoa para um cargo só e não para fazer o trabalho de 5, ok?
Os designers não são programadores, os engenheiros não são designers, os assessores não levam os diversos veículos da empresa ao mecânico, os médicos não são jornalistas e as pessoas não vivem de ar e vento.

Amanhã, se quiserem, ensino-vos mais diferenças entre profissões, que tal? Parece-vos bem?

Friday, December 31, 2010

Então em 2011...

Let's all try Defying Gravity.

O Maldito Código Silencioso das Relações

Alerto, desde já, que este é uma daqueles posts de diário que surgem da necessidade de extravasar o que não pode ser dito e não devia, de modo algum, ser escrito para publicação na blogosfera. Mas escrevemos à mesma porque não o podemos dizer e acumular informação inútil provoca gases e conter pensamentos maléficos causa úlceras.
E não podemos transmitir estes pensamentos porque assim o diz o Maldito Código Silencioso das Relações. Existe a honra entre ladrões, a deontologia entre os profissionais, a solidariedade masculina, a muito pouco praticada (quase mítica) solidariedade feminina, os bons modos e, provavelmente, muitos outros códigos que desconheço ou que, de momento, não me apetece recordar. Entre eles encontra-se o Maldito Código Silencioso das Relações. Denominei-o assim porque ele é conhecido mas ninguém admite a sua existência. Não se fala claramente nele e tanto nos protege como nos atrapalha e nos arruína o juizinho. Trata-se de todas as regras passadas de pais para filhos, de irmãos mais velhos para irmãos mais novos, de amigos para amigos, de amigas para amigas sobre o que fazer e, especialmente, o que não fazer quando encontramos o homem/mulher dos nossos sonhos e ele/ela é uma caixa de Pandora que queremos abrir mas não podemos. Não podemos porque assim manda o código.

Então, não lhe podemos perguntar o que foi aquilo naquela noite porque ele pode ter um colapso.
Não lhe podemos dizer que gostamos dele porque vamos assustá-lo e quando dermos por ela já fugiu para França.
Não podemos ficar feitas parvas a olhar para ele, só porque que sim (embora nos apeteça) porque dá nas vistas.
Não podemos mandar sms, porque a bola está agora no campo dele.
Não podemos não mandar porque somos esquecidas.
Não podemos ficar caladinhas para não dizer asneiras porque passamos por antipáticas e ocas.
Não podemos falar porque são muitos filtros a trabalhar ao mesmo tempo no cérebro e um deles vai, de certeza, falhar.
Não podemos ter uma conversa normal e civilizada para tirar dúvidas porque ou não vamos gostar das respostas, ou não vamos ter respostas ou vamos dar-lhe um enfarte do miocárdio.

Pois é, não está fácil… E as minhas perguntas são tão simples… Ainda não as fiz porque o código não deixa. Por isso e porque tenho cá um feeling que não vou gostar das respostas…
Olhem, love sucks!

Love Actually (2003)

O Não Balanço de 2010

Recuso-me a fazer um extenso balanço pessoal a 2010.
Foi um ano tenebroso que deixou muitas saudades de 2009, em que tudo foi mais fácil, mais fácil talvez não, mas diferente, mais motivador e menos complicado.

Em noites como a de hoje escolho guardar de 2010 os amigos. Eles são, no fundo, a família que escolhemos e o melhor que a vida tem para nos dar.

Os amigos que nos levam a Barcelona, os amigos que cozinham para nós, os amigos que nos dão guarida, os amigos que nos dão boleias, os amigos que jogam connosco às cartas, os amigos que passam horas ao telemóvel a ouvir-nos dizer alarvices do mais elevado grau de insanidade até a Yorn dizer: ”já chega” e depois mais um bocadinho, os amigos que nos dão roupa que já não lhes serve, os amigos que nos consertam o nosso Toni, os amigos que nos oferecem emprego, os amigos que vêm de longe só para nos ver, os amigos que ligam de longe só para nos ouvir… Os essenciais, os que nos acompanharam em 2010, fizesse chuva ou sol… e acreditem choveu como o raio que o parta…

Os amigos que nos conhecem e nos amam exactamente como somos.

Monday, December 20, 2010

Jingle Fucking Bells

Reforço de Natal numa livraria. Dia 4.

Não. Realmente não sei como é que as pessoas que trabalham em shoppings na época natalícia não têm tendências suicidas ou não tentam, pelo menos, levar uma carabina consigo para o trabalho e desatar aos tiros aos altifalantes que tocam um CD apenas, num loop infinito de músicas de Natal. As mesmas músicas de Natal, over and over again.

Receio que amanhã, quando começar a ouvir a Mariah Carey a dizer que eu preciso de ter cuidado porque vem aí o Pai Natal vou começar a rasgar papel com os dentes... E parece-me que não vai ser bonito.

Saturday, December 18, 2010

Embrulhos e embrulhadas

Reforço de Natal numa livraria. Dia 1

Lá estava eu a fazer embrulhos como se não houvesse amanhã, quando senti o olhar atento de um rapazinho, filho de uma cliente.

- Não sei fazer embrulhos - confessa-me ele curioso.
- É fácil! Não tem nada que saber - assegurei-lhe enquanto lhe piscava o olho e me debatia com o papel dos bonecos de neve.
- Quando chegar à universidade vão ensinar-me a fazer embrulhos? - perguntou-me esperançado.
Não consegui conter uma expressão divertida enquanto lhe garantia que quando chegasse à universidade já saberia fazer embrulhos melhor que eu - É só observares os teus pais e as pessoas nas lojas a fazer. Logo, logo, apanhas-lhe o jeito.

Ele pensou um bocadinho e respondeu muito decido:
- Quando for grande não quero ter este emprego.

Eu abri um enorme sorriso e desejei-lhe, mentalmente, com toda a sinceridade, um mundo melhor que o meu. Pedi ao Pai Natal que quando aquele rapazinho, que ainda não sabe o que quer mas já sabe o que não quer (o que é mais que muito adulto por aí fora), "acabasse a universidade" pudesse mesmo ter o emprego que quisesse.

Pois pensei cá para mim:
Se fosse hoje, tiravas um curso superior e depois ias fazer embrulhos de Natal.
E sabes que mais? Saberias que estavas cheio de sorte!

Thursday, December 16, 2010

Se isto vem só em 3D...

... alguém vai ficar ficar sem dentes e com muitas nódoas negras...
E eu lá vou ter de ir para o cinema com um Ben-u-ron e uma ventoinha de ar fresco.

Até 20 de Maio ponham o Capitão Jack Sparrow em 2D, sim?
Agradecida.



O 3D é a maior paneleirice de todos os tempos.
Só estou à espera que o resto do mundo chegue a essa conclusão.

Ambrósio, apetecia-me algo...

- Paramos para a senhora tomar alguma coisa?
- Não. O que eu queria era algo... bom!
- Compreendo Senhora.
- Apetecia-me um bailado.
- Tomei a liberdade de pensar nisso:



Oh bravo, Ambrósio!

Sunday, November 28, 2010

A box of chocolates


My momma always said, "life was like a box of chocolates. You never know what you're gonna get."

Thursday, November 18, 2010

Deathly Hallows Parte 1

Fãs da saga Harrypotesca podem respirar de alívio e correr para o cinema.
O filme que estreia hoje nas salas portuguesas é, a meu ver, a adaptação mais fiel dos livros de J. K. Rowling.

Há passagens ligeiramente modificadas, uma dança ou outra inventada e cenas cortadas, como é de se esperar num adaptação cinematográfica em que se enfiam 400 páginas de genialidade em duas horas e meia de filme mas é, sem dúvida, o melhor que fizeram até agora.
Verdade seja dita, o último livro é também o mais emocionante e emotivo dos sete, mas o esforço em manter a fidelidade à obra de papel é notável.
David Yates já gosto de si outra vez. Desmontei ontem à noite, quando cheguei a casa, o bonequinho de voodoo que tinha à sua imagem e semelhança atrás da porta (ao lado do boneco à imagem da Kristen Stewart que desconfio que apodrecerá no mesmo sítio).
Espero que já se sinta mais saudável e que a segunda parte dos Deathly Hallows seja tão boa como a primeira.

Claro que o facto de eu já não me lembrar de muita coisa (principalmente pormenores), dado que já li o livro há 3 anos, pode estar a alimentar erradamente esta euforia toda mas, mesmo assim, fiquei tão contente com o resultado que há que partilhar isso com o mundo.

E antes de ir à minha vida fazer algo de útil para a sociedade, deixo aqui uma vénia a todo o elenco mas em particular a Alan Rickman que está perfeito nos cinco minutos de filme em que entra.
Queen Elizabeth: se ele não é Sir, devia ser. Tenho dito.

PS - Esta vénia não se estende à actriz que faz de Ginny (nem quero saber o nome dela), que mais uma vez tem zero de química com o Harry. ZERINHO!
Bem... pensando nisso, parece que tenho de ir fazer mais um bonequinho de voodoo.

Wednesday, September 15, 2010

Ano lectivo 2010 - 2011: mensagem da Sra. Ministra da Educação

Eu sei que "o tempo que é para estudar é mêmo só para estudar, porque se nós estamos a fazer duas coisas ao mêmo tempo não fazemos nenhuma bem!" 
Aliás este vídeo é um claro exemplo disso.
A Sra. Ministra está a tentar fazer várias coisas ao mêmo tempo: falar para alunos, pais e professores (e logo aí esqueceu-se que algum deste público-alvo tem, a modos que, mais do que 5 anos).
Também quer lembrar-se do que tinha planeado dizer, construir frases coerentes... coisas assim!

Mas nas próximas horas quero é "desfrutar de cinema", que os mais novos podem dedicar-se "a fazer trabalho" mas eu que sou mais velha posso fazer outras coisas... Temos é "que nos alimentar bem todos"!

Ela no fundo tem razão... já que não nos podemos orgulhar da nossa ministra da educaçao vamos tentar orgulhar-nos dos nossos alunos.

E se em vez de duas câmaras tivessem usado uma só câmara e um teleponto se calhar para além de obter um melhor discurso, o olhar da ministra até estava sempre concentrado em nós e não andava a passear... Talvez.

Conte lá, Sra. Ministra, filmar isto foi cá uma aventura, não foi?

Tuesday, September 14, 2010

Monday, September 13, 2010

4 semanas da tua ausência...

Já não existes.
O mundo continua inalterado só que tu já não estás nele.
Não consigo conceber um mundo do qual não fazes parte.
Dois anos. Foi tudo o que te oferecemos.
Uma vida inteira. Foi o que tu me deste.
Fecho os olhos e a primeira imagem que vejo é a dos teus últimos segundos de vida.
Não a consigo esquecer.
A tua aflição, o teu pânico e a tua agonia no momento em que tiveste a certeza de que te traí.
E foi assim que foste.
Não foi para teu bem. Foi para nosso.
“Era necessário”, asseguram-me.
Só que não foram eles a levar-te, a segurar-te e a matar-te.

O olhar mais meigo e sedutor que alguma vez vi, a alegria infalível - como um sol – sempre que me via, mesmo que eu só me tivesse ausentado por dois segundos.
Sempre feliz, constantemente bem-disposta e pronta para a brincadeira. Que ninguém tenha dúvidas: foi isto que desapareceu do mundo.
O meu lar está vazio.

Chego a casa, rodo a chave e ouço apenas silêncio.
Não há ninguém do outro lado a urgir-me para entrar mais depressa.
Abro a porta e já não há cauda a dar-a-dar, não há sorriso canino, nem correrias desenfreadas, nem xixi, nem alegria.
O que há é apenas vazio.
O que há é apenas ausência.
É uma ausência que pesa e inunda porque aquela já não era a minha casa, era nossa e hoje já não me parece de ninguém.

Estás em todo o lado.
Como podes não estar em parte alguma?

Mantive-te o máximo de tempo que pude e amei-te o melhor que soube.
Hoje quero-te de volta.
Desconfio que vou querer-te de volta até ao fim dos meus dias.
Não era suposto ires assim.

Estavas imersa em quase todas as acções do meu dia-a-dia.
Estavas a meus pés, no meu tapete, ao meu acordar, vigiavas a minha labuta, acompanhavas-me às refeições e eras a minha sombra nas minhas tarefas de barata tonta.
Nunca te queixavas, nunca te cansavas.
Foste o meu aquecedor, a minha parceira de lutas e a minha companhia.
Sempre a minha companhia.

Eras sem sombra de dúvida, ou resquício de parcialidade a cadela mais linda do mundo.
Tinhas o meu million dollar focinho.
Tenho saudades tuas, a toda a hora, em toda a parte.
Sinto falta de tudo em ti, a toda a hora, em toda a parte.

Sunday, September 12, 2010

The Pillars of the Earth

The Pillars of the Earth é uma mini-série de oito episódios, assinada por Sergio Mimica-Gezzan e baseada no romance homónimo de Ken Follett.

A saga começa no séc. XII, com o naufrágio do Barco Branco e consequente morte do príncipe Guilherme, filho do Rei Henrique I, e herdeiro do trono de Inglaterra.

Após a morte de seu filho, Henrique I nomeia, pela primeira vez na Inglaterra, uma mulher como sua sucessora, a filha Matilde. Só que depois da morte do rei, o seu sobrinho Stephen usurpa o trono, dando início a uma longa guerra de sucessão, um período que ficou conhecido como A Anarquia.

A série leva-nos numa viagem aos tempos medievais para nos contar a história da construção de uma catedral, no priorado fictício de Kingsbridge.



Eddie Redmayne, Ian McShane, Matthew Macfadyen, Hayley Atwell, Rufus Sewell, Tony Curran e Donald Sutherland são apenas alguns dos muitos actores que dão vida a personagens credíveis e fascinantes numa história que nos desperta um vasto leque de fortes emoções e nos mostra a crueldade da vida na idade média.

Política, religião e arquitectura, amor e amizade, trabalho e honestidade montam o cenário de uma excelente produção com olho para o pormenor que nos cativa desde o primeiro ao último episódio.

Recomenda-se, portanto.

Sobre aquele-que-chega-em-Novembro

O realizador é David Yates, o responsável pelos últimos dois filmes.
Isto é o mesmo que dizer que este senhor realizou a melhor e também a pior adaptação destes livros para o cinema.

Estou aqui louca a fazer figas para que a primeira parte do Harry Potter and the Deathly Hallows saia como a Ordem da Fénix e não como o Half-blood Prince.
É que se engendram no último capítulo da saga palermices como queimar a Toca, ou achar que o Harry ficaria especado a olhar, sem estar sob o efeito de qualquer feitiço, enquanto ameaçam a vida do Dumbledore, alguém vai levar com um gato morto no focinho e sem necessidade nenhum.
Já têm tanto material espectacular com que trabalhar para que é que se põem a inventar, hã? Porquê?

Estão avisados, sim? Agora juizinho.

Saturday, September 11, 2010

OMG It’s alive!

Queridos leitores,

O Relatos e Confidências esteve adormecido… morto, vá, por um ano inteiro e mais uns trocos.
A boa vida acabou, meus caros.
Declaro o Sonhos ressuscitado.
(E sim, o Relatos e o Sonhos são o mesmo blog, mas eu tenho a mania que sou diferente.)
Faço, muito em breve, um quarto de século (ou 5 meias décadas como alguém já salientou) e quero dar vida a este blog enquanto ainda tenho 24 anos.
Só porque posso.

Para inaugurar o renascimento deste estaminé vou citar Pablo Neruda com um sensato e inspirador texto que já foi publicado aqui e aqui.


Morre Lentamente

“Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.”

Sunday, August 30, 2009

Jeff Dunham


Este senhor é nada menos do que brilhante.

É possivelmente o ventríloquo/comediante mais talentoso do mundo.

Enjoy.
Ladies and gentlmen: Peanut.

Parte 1 em Santa Ana
Parte 2 em Santa Ana
Parte 3 em Santa Ana

Monday, April 20, 2009

Hoje

Às vezes a vida é incontornável.
Não podemos fazer um coffee break da vida?
Às vezes ela anda com uma velocidade estúpida e acabamos por nos estampar contra muros.
E o que mais há praí são muros, muros, muros, muros atrás de muros.
Às vezes até sabemos o que nos espera e tentamos travar.
Juro que tentamos.
Mas não conseguimos, nem sempre os travões nos pertencem.
Hoje estampei-me contra um muro.
E o filho da mãe era de betão, ou de aço, ou de diamante, ou da porra do material mais duro que existir.
Já me estampei contra tantos muros... mas nenhum era assim.
Não é mais grave, não é mais sério que os outros, é apenas diferente e difícil porque nunca o havia encontrado antes.
E agora dói-me o corpo todo, todo, todo, todo, todo....
Não sei muito bem quando vai parar de doer.
Hoje tenho a sensação de que nunca vai parar.
Não duvido.
Não me apetece caminhar mais e não sei quando vou estar inteira para poder continuar...
Já não sou inteira.
Sou pedacinhos que espalhei pelo caminho sem sair do sítio...
Hoje dói e juro que nunca mais vai parar.

Sunday, March 01, 2009

Ai que saudades...


MY DAD IS RICH - DRACO AND THE MALFOYS

My dad's always there
To open all my doors
You have to call a patronus just to catch a glimpse of yours
My mom says she loves me
When she tucks me into bed
How's your mommy doing in the Mirror of Erised?

My dad is rich
And your dad is dead
My dad is rich and your dad is dead

Your dad's on his journey
To the great beyond
When you're dueling you might see him come out of someone else's wand
You may have freed our house-elf
And brought doubt to our family name
But your parents still got toasted by a big green glowing flame

My dad is rich
And your dad is dead
My dad is rich and your dad is dead

My dad is rich
And your dad is dead
My dad is rich and your dad is dead

Academy Awards 2009

Bem sei que os Óscares já tiveram uma semana para arrefecer mas alguns de nós passaram a semana a rachar o cérebro com programação AS3 e não sendo nós engenheiros, dentro do nosso crânio pouco mais que uma papa chega ao final do dia, por isso, só hoje consegui falar dos homens dourados e carecas.

Foi a melhor cerimónia dos Academy Awards que vi até hoje. Sei que não vi muitas, mas mesmo assim. Grande, grande Hugh Jackman. Já disse e repito que gosto muito de pessoas que sabem fazer mil coisas e bem, Jackman é um exemplo desses. Aquilo sim é entretenimento bem ao estilo Broadway.



Mas Hugh Jackman não foi a única inovação brilhante da cerimónia. A entrega das estatuetas aos actores foi uma solução muito iluminada da Academia, assim como a mudança do cenário na distribuição das categorias técnicas. Já para não falar das várias duplas e das montagens que fizeram rir o povo na noite de domingo.



E, embora ainda me falte ver alguns dos nomeados, parece-me que as estatuetas foram entregues em boas mãos.
E pela última vez, o Óscar póstumo foi mais que merecido e acredito piamente que se Ledger não tivesse morrido teria sido nomeado na mesma e levado o prémio para casa. Embora The Dark Night seja um filme de acção, os quais normalmente não vão para além das nomeações nas categorias técnicas, o Joker de Legder foi uma reinvenção do personagem e do actor.
É verdade que Jack Nicholson com menos recursos teve uma excelente performance mas isso não me impede de achar que Health Ledger superou essa interpretação deixando um marco na história do cinema.

Estava a torcer por Slumdog Millionaire (cuja adaptação do título para português é ridícula) porque acredito em histórias bonitas, que nos envolvem, nos transportam para locais remotos e nos deixam uma sensação de felicidade no fim.
E em filmes que são realizados com paixão, dedicação e qualidade

Kate Winslet e Sean Penn são actores que nunca, mas nunca desiludem.

Saturday, February 28, 2009

Festival de Quê?

Está agora a dar na RTP1 aquele programa que selecciona a música que Portugal leva ao Festival da Eurovisão da Canção.
Parece que este ano a RTP "inovou" o processo de selecção. Toda a gente pôde concorrer com letra e melodia e, ao que consta, mais de 300 crentes enviaram a sua oportunidade. Desses 300 e num-sei-quê, alguém seleccionou 24. O passo seguinte foi permitir ao povinho escolher 12 dessas 24 composições através de voto electrónico.

Como eu estava a dizer, a Sílvia Alberto, que já teve mais jeito para a coisa, está agora a ganhar a vida a apresentar um programa que eu nem sei muito bem como hei-de insultar. Não a Sílvia. O programa.

Se me querem fazer acreditar que aquelas coisas, a que eu me recuso chamar de canções para não ofender as canções, eram as melhores de entre mais de trezentas, devem estar mais loucos que o Joaquim Phoenix!

Nucha? Nem sei se é com "x" se é com "ch" e estou-me tão nas tintas que nem vou perder 2 segundos a confirmar no Google. Ela estava com um vestido gótico num cenário medieval acompanhada de um tipo saído de "Os Vampiros de John Carpenter". Sim, que nada diz "português" como o Halloween, toda a gente sabe...

Romana? Com uma porcaria que não era fado nem era música, era barulho e berros. E come on... Romana?

Depois veio uma rapariguita de cor-de-rosa dizer 30 vezes que ia escrever um poema. Então vai lá escrever o poema e volta quando tiveres uma coisa de jeito para cantar!

E tudo fala de amor porque é a coisa mais portuguesa que existe, é tudo o que nós precisamos para viver e, pelos vistos, é o único tema jeitoso para dar letra a uma melodia.
Ai esperem... a Luciana Abreu está a falar sobre a paz, mas de vez em quando sai-lhe um "AHHHHHHHHHHHHH" a queixar-se das dores nas costas e fico "confuza". Também não sei muito bem se ela sabe que o Obama já ganhou e que já não é preciso andar a divulgar o "Yes We Can" dele. Alguém lhe devia dizer, a moça não é obrigada a ler jornais.

Esta merda é o melhor de entre mais de trezentas??? Uma ova que é!
Vivemos no país da gatunagem em que ser ladrão e desonesto é uma carreira reconhecida e aplaudida.
Conheço o nome de mais de metade dos 12 escolhidos, isto é descobrir talentos que é uma coisinha parva. Gente que começa agora a concorrer com Floribelas e Nuchas, Romanas, Nunos Nortes... Realmente faz todo o sentido, não haja dúvidas.

Antigamente ficávamos num honroso último lugar com canções que continuariam a ser cantadas por muitos e muitos anos. Agora ficamos num vergonhoso último lugar porque nem nós votaríamos na canção do nosso país.
E o que queremos fazer é esquecer a letra sem pés nem cabeça que acompanhou aquela melodia que faz lembrar outra que já ouvimos mas não sabemos bem aonde.

O problema não é só presistirmos num Festival que se rege por leis e acordos políticos em vez de avaliar a arte e o talento, é também não sabermos, dentro da nossa própria casa, procurar o talento onde ele realmente existe.

Friday, February 06, 2009

Slumdog Millionaire

Está tanta coisa no cinema que eu quero ver que nem sei para que lado me virar.
Hoje fui ver o Slumdog Millionaire.
Acho que não podia ter começado melhor estas férias do que com esta história do rapaz de um bairro de lata de Bombaim que decide ir ao “Quem quer ser milionário?”. Com um mijo do caraças, Jamal lá vai tendo umas perguntas castiças que o levam a contar-nos a história da vida dele. E que história do arco-da-velha!
Sai-se da sala de cinema com um sorriso na fronha e uma uma história bonita na memória, bem ao jeito de Bollywood.
É do realizador inglês Danny Boyle e foi filmado na Índia com actores surpreendentes (falo da criançada).

Gostei muito, muito, muito.


Está agora nos cinemas, já ganhou globos de ouro e está na corrida aos Óscares.
Ide ver.



Slumdog Millionaire - Jai Ho.mp3 -

Friday, January 09, 2009

Patrick Wilson e o Anúncio da GAP

É, de facto, triste que depois de qualquer coisa como dois meses sem publicar praticamente nada, o meu primeiro post do novo ano seja no, já avançado, dia 9 de Janeiro.
Então e "Tatiana, não tiveste nada para contar ao povo?"
Oh pá tive, mas coisa e tal, cenas e num-sei-quê, não tive tempo ou não tive pachorra para vos contar fosse o que fosse.
"Mas e agora este estaminé vai finalmente ficar actualizado?"
Oh pá, não, mas temos de começar por algum lado.

E é pegando nesta frase - a última do filme Little Children - que vos venho falar de um senhor que me tem surpreendido.
Chama-se Patrick Wilson e canta, dança, representa e deve, com certeza, fazer mais algumas coisas interessantes das quais não tenho conhecimento.
Vi-o pela primeira vez n’O Fantasma da Ópera e quando o revi no Little Children não o reconheci.
Só em Angels in America o associei a todas as obras.
Este Natal vi o Evening e lembrei-me que esta personagem existia e merecia alguma investigação.
Para além do pequeno e grande ecrãs, Wilson trabalha na Broadway e é conhecido, entre outras coisas, por Oklahoma e Full Monty.
Ora, ele é muito bom actor mas é aquela voz que me faz cair po lado. Estas pessoas com um jeitaço para 500 coisas fascinam-me.

Só para este post não ser completamente coerente, que coerente é coisa que eu nunca fui, deixo-vos com um anúncio da GAP em que Patrick Wilson não canta.
Dança, mas não canta.
Não sei porque é que não canta, já que a Claire Danes também sabe cantar (sabiam que a Claire Danes canta bem? Pois é... )

Bem... espero que vos ponha um sorriso na fronha.

Wednesday, December 24, 2008

Parece que já chegou, né?

Então, Bom Natal para todos vós...

Wednesday, October 15, 2008

Que é que demora mais tempo? A-B ou B-A?

No outro dia, enquanto conduzia, ouvi na rádio uns versos tão bonitos e profundos que quase enfiava a fronha do Corsa num poste.
A melodia emocionou-me de tal maneira que tenho de vos falar disto.

O refrão de uma das últimas músicas do André Sardet reza assim:

Gosto de ti desde aqui até à Lua,
Gosto de ti, desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto,
E é tão bom viver assim...

Ai coisa mai linda!
Isto é tão bonito como um acidente na VCI.

Oh André, eu sei que tu não sabes o que é que te aconteceu mas, francamente, daqui até à Lua é um exagero...
Já para não falar da Lua até aqui, isso atão é uma cena do caraças!

Eu também sei que gostavas de poder voar sem asas e que o teu mudo é infinito mas já te concentravas em escrever letras decentes.
Esta é das piores coisinhas que já se escreveram desde os Delfins.

Ai... como acredito que tu podes fazer bem melhor que isto...

Quanto vale em euros...

... a tua tristeza?

É português ou estupidez?

Pela última vez!!!
Não existem drógádos.
Existem drogados (leia-se drugádos).
Se não sabem dizer em condições digam toxicodependentes.
Se nem assim vái lá estejam caladinhos ou falem antes da Júlia Pinheiro ou do José Castelo Branco, sim?
Façam-me lá esse favor.

Tuesday, October 07, 2008

Altamente...


Recomendável.

*Patrícia Fernandes

Cake Designer

5 Dias e 94 filmes depois

Foi por isto que durante 5 dias e 4 noites se respirou talento e criatividade como se não houvesse o ano seguinte.


A primeira edição do U.Frame, Festival Internacional de Vídeo Universitário, chegou ao fim no domingo depois de 94 curtas para todos os gostos e feitios.

Workshops, conferências e masterclasses foram um bónus num festival que me deixou a caminhar nas nuvens.

Em 3 dias Andrew Shea, Mário Augusto, Maria João Cruz e Nuno Markl fizeram parte do meu mundo real.

Só vos posso dizer que conhecer e falar com gente assim, recheada de doses monstruosas de talento e humildade, dá-nos vontade de reinventar o mundo com as próprias mãos.

Depois do "não vai nada nada nada"

Já chega! Estou fartinha de gente que não sabe juntar letras.
Acalmem-se os que acham que vou já desatar numa catrafiada de insultos a disléxicos.
Nada disso.

Estou a falar daquelas pessoas que, apesar de já terem sobrevivido à sua cota de encontros de tunas, aniversários e eventos aparentados, continuam sem perceber que F+R+A não dá A.
Pois não. Juro-vos que não dá.
Dizem-me as professoras primárias que se lê FRÁ.
Desculpem se agora fiz os vossos mundos dar uma volta de 180 graus e deitei por terra mitos antigos mas vocês enervam-me.
F+R+E dá FRÉ, não dá É.
F+R+I dá FRI... e por aí fora.

Portanto, da próxima vez que alguém disser: "E pró coisinho não vai nada nada nada?", já sabem que sai um f r a, ou seja FRA!, não sai nenhum A, amigos.

Decorem isso, sim? Vá lá... não custa nada.

Monday, August 11, 2008

De Regresso

Há dias em que acho que são os outros mas por vezes acredito mesmo que sou eu que não sou normal.
O problema desta merda é que há de haver sempre um puto de um defeito - do qual não temos culpa nenhuma, já que o carregamos sem o querer e não há muito que possamos fazer para o mudar mesmo depois de várias e esforçadas tentativas - que nos vai atormentar até ao nosso último suspiro.
E vai massacrar-nos não porque nos faça aflição mas porque os outros vão relembrar-nos constantemente de que o temos.
A nós não incomoda, mas pelos vistos provoca um enorme prurido intelectual aos outros que não o têm e não percebem porque não havemos de ser todos iguais.
Mas eles é que devem ter razão: devíamos ser todos iguaizinhos, fazer as mesmas coisas, da mesma maneira e ter exactamente os mesmos gostos.
Assim o certo e o errado faziam muito mais sentido, não havia guerras nem esquisitices nenhumas.
A vida não ia ter objectivo nenhum mas eu ainda não percebi porque é que andamos por cá, por isso não me ia fazer grande diferença.
Porque temos de aprender uma coisa, não basta fazer o que é preciso, é preciso fazê-las ao ritmo dos outros.
E se tiramos 19 devíamos ter tirado 20 e se tirámos 20 para além de não termos feito mais do que a nossa obrigação devíamos ter sido a excepção do 21.

O outro problema desta merda é que ninguém é perfeito e mesmo quando já sabemos isso as pessoas conseguem sempre desiludir-nos.
Sempre.
Eu cá achava que era uma grande proeza, algo fascinante, para ver o lado positivo da situação.
Agora, após um acumulado de desilusões já me é demasiado banal para achar qualquer piada ou lado positivo à brincadeira.
Então andamos aqui a tentar desesperadamente não desiludir ninguém ou aguardamos com ansiedade a próxima desilusão?

Outro problema desta merda é que a nossa existência nunca tem interesse nenhum e por isso é que passamos o nosso tempo a falar dos outros.
E quando a nossa vida se torna estimulante é porque se cruzou com a dos outros e ao contá-la, embora nos tentemos convencer de que estamos a falar de nós, estamos na realidade a falar dos outros.

What’s the point?
What’s the fucking point?

Friday, August 01, 2008