Tuesday, November 28, 2006
Tenho saudades do Vitinho, a verdade é essa! Quais patinhos, qual carpuça! O Vitinho é que era e nunca mais se fez coisa igual.
Para os bébes que não sabem quem é esta tão amada personagem cá vai um bocadinho de cultura:
"O Vitinho foi um desenho animado de grande sucesso em Portugal, cujas transmissões duraram entre os anos de1986 a 1997.
Em meados de 1986, a RTP decidiu lançar um spot diário de animação com o objectivo de criar um 'marco horário' que levasse as crianças a deitarem-se cedo. Nesse sentido, a Milupa Portuguesa, que possuía um boneco muito carismático nas suas campanhas, decidiu produzir uma película de animação para adormecer as crianças. Desconhecia-se, no entanto, o sucesso que esse desenho animado viria a alcançar.
Após a transmissão da primeira película de animação, seguiram-se três novas com vista a actualizar a primeira.
A transmissão diária das películas "Boa noite, Vitinho!", sempre em horário nobre, atribuíram-lhe picos de audiência e uma admiração consensual: não só por parte das crianças, mas também por pessoas de todas as idades."
E agora ide dormir que já deu o Vitinho...
Sunday, November 26, 2006
Ele é com cada uma...
Os médicos de uma pequena cidade da Roménia têm pedido às suas enfermeiras para usarem mini-saia como farda de trabalho. O pedido é justificado com a elegância, porque para os médicos da cidade de Lasi as enfermeiras ficam muito mais elegantes com mini-saia do que com uma saia mais comprida. Os médicos já enviaram um pedido formal ao Ministério da Saúde do país para exigir a mini-saia como obrigatória para os uniformes. Na carta enviada às autoridades, os médicos afirmam que o actual uniforme está “fora de moda” e deve ser adaptado às novas tendências, “que não são de certeza as saias abaixo do joelho”. Será que este é o único motivo para a exigência dos médicos? Surpreendentemente, a carta, depois de recebida pelo Ministério da Saúde, está a ser cuidadosamente analisada para que este se possa pronunciar sobre a aprovaçao ou não da exigência. Iulian Serban, o médico líder da iniciativa, afirmou que “acredita que todas as enfermeiras e médicas deveriam usar mini-saia, pois seria muito mais elegante”. Agora resta saber se a mini-saia vai passar a ser moda!»
In Destak, 24 de Novembro de 2006
Há coisas que nem vale pena comentar...
Wednesday, November 22, 2006
Os Outros
- Oh papá, distraíste-te agora!
- Pois foi, filha.
- Mas se quiseres eu levo... – disse com um ar sério enquanto esticava o bracito para pegar na pasta preta.
- Não filha, o papá leva que é muito pesada para ti. A mim não custa, mas a ti fazia-te muito mal à coluna.
A menina deu o mão ao pai e com um orgulho muito grande olhou lá para cima para os olhos dele e exclamou:
- Oh papá, tu és tão forte!
Pois é... às vezes a vida faz mesmo sentido.
Wednesday, November 15, 2006
Calinadas saudáveis... ou não 2
A Não Perder
Vale a pena ver e viver o dia-a-dia destes cirurgiões que se tornam mestres na arte de misturar a vida pessoal com a profissional. Um equilíbrio perfeito de drama e comédia ao melhor nível da televisão actual.
Aproveitem pelo menos para ver o primeiro, que tendo em conta o que a RTP tem feito às séries, como Lost e Alias, sois capazes de nunca mais a ver no horário certo... ou de todo.
Anatomia de Grey é envolvente, hilariante e comovente. Façam um favor a vocês próprios e sigam-na.
PS – Deixem-se lá de preconceitos que não, não é uma série de gajas.
Teóricas um Bocadinho Facultativas
Para mim, as aulas teóricas são ou não são facultativas. Ponto final, não há cá meias tintas que estudante já é confuso sem a ajuda de terceiros. Mas pelos vistos não, andei enganadinha. Há uma terceira opção. É a meia estação entre o Verão e o Inverno, o tépido entre o quente e o frio ou o mais-ou-menos entra o mais e o menos.
Portanto, chego à faculdade e no início do ano pergunto (que mais vale prevenir do que remediar): “Como é? Aqui nas teóricas temos faltas ou não?”. É uma pergunta simples e clara, a meu ver. A resposta também foi: “As teóricas são facultativas, não têm falta.” Há cursos em que as teóricas são como as práticas, de presença obrigatória, há cursos em que elas são faculativas e há cursos em que escolhemos se queremos uma avaliação contínua, em que as teóricas são de presença obrigatória, ou avaliação por exame, em que as teóricas não são obrigatórias. Isto era a informação que eu tinha no cérebro, agora já fiz um upgrade, que estamos sempre a aprender.
Assim, a modos que dois meses depois das aulas terem começado, avisam-me que a prof de uma cadeira de componente apenas teórica ameaçou penalizar os alunos que faltavam muito às aulas. Liguei para secretaria:
- Desculpe lá, precisava aqui de uma informaçãozinha.
- Diga.
- Eu possso chumbar por faltas a uma cadeira que é só teórica?
- Depende. Silêncio
- Uh... atão e depende de quê?
- Se o professor achar que o aluno tem um número muito elevado de faltas pode penalizá-lo na nota no final do ano.
- Mas então... ele não tinha de ter dito isso no início do ano?
- Não precisa sequer de dizer, menina.
Cá está! Teóricas um bocadinho facultativas.
Não temos faltas mas temos, percebem? Eu não.
O Crime que é “O Crime do Padre Amaro”
Há poucas semans atrás passou na televisão “O Crime do Padre Amaro” de Carlos Coelho da Silva. Lembro-me que na altura em que o filme era apresentado nas salas de cinema, o próprio trailer de promoção convidava ao teatro ou até às compras de supermercado. Respondi a quem me convidada a ir vê-lo que não queria gastar nem 5 cêntimos naquela película.
Deu na SIC. Vi. Formei opinião concreta. Pensei que o filme fosse mau, agora sei que é muito mau.
Não sou propriamente defensora do clero e da igreja, longe disso, mas eté eu me revoltei com a mensagem transmitida no filme. Acho que até Eça de Queirós, mesmo com a sua aversão ao clero, deu umas quantas voltas no túmulo ao ver o seu livro adaptado desta forma.
Todos os padres são, portanto, pedófilos, corruptos, cheios de desejos carnais reprimidos, que não reprimem e fazem-se acompanhar de mais uma carrada de podres da sociedade. Infeliz de quemm pensa assim. Vamos lá entender uma coisa: existe má conducta em todo o lado e em todas as profissões. Se eu disser que os polícias metem todos dinheiro ao bolso, que os médicos e os enfermeiros são todos antipáticos e prepotentes, que os engenheiros são todos abrutalhados, que os jornalistas são todos sensacionalistas...não é exactamente a mesma coisa? A única diferença é que aui já se levantam muitas vozes em fúria. Não percebo.
Tambem não perecbo como é que, alguma vez, alguém achou que Soraia Chaves era actriz. Não me lembro de uma Amélia que falava, andava e comia uvas como se estivesse a ter um orgasmo. Se calhar era assim, eu é que achei que não fazia sentido nenhum no contexto do que se está a querer contar.
Por falar em actrizes, por que é que a personagem de Ana Marques tem um sotaque nortenho num bairro de Lisboa? Se calhar não, é difícil ter certezas quando em cinco minutos de cena ela só diz “Olha a miúda!” repetidamente.
Uma mais valia do filme é Cláudia Semedo. Mas agora expliquem-me... Por que raio é que ela tem de aparecer nua naquela cena de sexo, perfeitamente desnecessária, contradizendo toda a lógica da personagem?A narrativa era afectada se aquela cena não existisse? Era. Ficava muito melhor.
Também é giro ver Hugo Sequeira a fazer de branco com demasiado bronze. Acompanha a banda sonora que é completamente “creepy”.
E coisas positivas não tem? Tem. A cena no confessionário entre o Padre Amaro e a Amélia é muito bonita até fazerem um grande plano da mamas dela. São uns 7 segundos de grande qualidade.
Por isso choca-me, irrita-me mas, essencialmente, entristece-me profundamente que este seja um dos filmes portugueses mais vistos de sempre. E quando pergunto se viram o "Alice" respondem-me que ela hoje não tem aulas de tarde... Mas o que me deixa realmente de rastos é o facto de tanta gente ter gostado e achar que isto é que é bom cinema...
Wednesday, November 08, 2006
Nunca...mas...
(Ou a "Ronda Noturna" daqui)
Nunca fiz paraquedismo, mas já caí de paraquedas em muitas situações.
Nunca estive num terramoto, mas já fiquei sem chão.
Nunca acreditei que alguém desse alguma coisa a alguém, mas já me ofereceram porrada.
Nunca conheci Meredith Grey, mas ela entra em minha casa todos os dias.
Nunca me meti na droga, mas já me ausentei deste mundo vezes sem conta.
Nunca falsifiquei os meus documentos, mas às vezes não sei quem sou.
Nunca me embebedei, mas já fiz e disse muitos disparates.
Nunca voei como as borboletas, mas já me cortaram as asas...
Telejornais
O principal triunfo do telejornalismo é a mobilidade: estar com imagens (inacessíveis à rádio) às cavalitas do facto (inacessível ao jornal impresso). Ou seja, os primeiros a dar as últimas. Ora, salvo honrosas excepções (quase todas na SIC e quase nenhuma na TVI), o telejornal português, com o dinamismo de um coala, é o primeiro a estar nas últimas. Repetem “n” vezes, no dia seguinte, a mesmíssima peça gravada e emitida na véspera, sem actualizar uma vírgula do texto. Às dez da manhã, ainda a tirar a remela do olho, ouvimos como esta: “O ministro esteve hoje à noite no...” Em Portugal não existe o texto telejornalístico, que deve ser fluente e liso por causa da verbalização. As frases são proustianamente quilométricas, como se o objectivo fosse fazer o pivô deitar os bofes pela boca. Há três advérbios para cada verbo. O estilo é macarrónico e parnasiano, inspirado naquele me que a Maria Cachucha respondia às cartas do namorado. Dir-se-ia que metade dos pivôs quer ser romancista (a outra metade já é).
Mais subordinados à opinião pública e ao maniqueísmo do ‘pró ou contra’, os telejornais jogam à defesa. Cada segundo na TV vale milhões – mas os telejornais dão a sensação de que estão sempre a ‘encher o chouriço e a empurrar com a barriga’. São mais que as mães as peças que não entram (ou não saem) na hora certa, em que o som é infra-sónico e os planos mais redundantes que o verso de Gertrude Stein: ‘Uma rosa é uma rosa é uma rosa’. E os cortes são tão esquartejadores que parece haver uma moto-serra desgovernada na régie. Ah, uma dúvida: para se fazer um directo num telejornal, a condição «sine qua non» é que o repórter seja gago? No dia do assalto ao banco de Setúbal que degenerou em sequestro, José Alberto Carvalho teve de interrompor a lengalenga da colega no local e grunhir-lhe nas entrelinhas: ‘Que raio, afinal, aconteceu?’ A resposta implícita foi: ‘Passo’. Assim, apesar das trombetas na abertura e no encerramento, dos acrílicos e dos cromados e da mania da notícia-espectáculo, os telejornais com frequência lembram aqueles circos pindéricos, cuja tenda é mais fita-cola do que lona e cujo tigre já usa placa.
Anexa aos telejornais, a meteorologia, é verdade, continua a ser muito útil. Deus, por exemplo, no sétimo dia descansou – mas aí choveu a potes e Ele não pôde ir à praia. Contudo, e sem querer ser implicante (ninguém aprecia tanto uma crítica construtiva como quem a faz), eu sempre soube perfeitamente quando vai cair uma carga de água. Exactos cinco minutos depois de eu finalmente ter tido vergonha na cara e lavado o carro."