Monday, December 24, 2007

Have Yourself a Merry Little Christmas


O Relatos e Confidências deseja a todos os seus visitantes e a todos os meus amigos que por aqui passam um Feliz Natal!
Recheado de sonhos :)



Friday, December 21, 2007

Ele Realmente Há Gente Estranha


Os alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto exigem a construção de um pavilhão desportivo nas instalações do curso.
Pelos vistos, esta grave lacuna está há sete anos para ser colmatada.

A notícia foi publicada dia 17 na JPR. Podem ouvi-la aqui, com as declarações do presidente da Associação de Estudantes da FEUP e a resposta da Reitoria.

O abaixo-assinado lá corre entre os estudantes dirigido a quem decide estas coisas.
O presidente da AEFEUP diz que o documento serve para “alertar a Reitoria para a solução deste problema aqui na FEUP”.

Acho que me perdi aqui pelo meio da notícia...
Qual problema, amigo?

Na FEUP estuda-se Engenharia, não é?
Os alunos da FEUP vão ser... como é que se diz... engenheiros, não é?

Continuo perdida...
A construção de um pavilhão não é, assim, coisa para custar uma pipa de massa?
Estudei nesse pólo alguns anos e, se bem me lembro, a FADEUP fica mesmo em frente...


Um tal de Hugo Almeida comentou, orgulhosamente, o seguinte na página da notícia na JPR:

“Inacreditável!
É o país em que vivemos.
Não existirem condições para a prática desportiva num dos maiores polo universitários de Portugal é vergonhoso e coloca a universidade mal vista perante as restantes universidades europeias e mundiais.
E o senhor reitor para o desporto na FEUP ainda tem a lata e o descaramento de dizer que não é prioritária a construção de um pavilhão.
A minha questão é:
O que é que esse senhor ainda está aí a fazer?
Novo pavilhão já!”


Eu queria só dizer duas coisinhas aos Hugos Almeidas que andam por aí:

Primeiro, Manuel Janeira não é o reitor para o desporto na FEUP. É Pró-Reitor da Universidade do Porto.
A FEUP não é o centro do mundo e arredores. É apenas uma das Faculdades que compõem a UP. Por sinal, uma das que tem melhores instalações.

Segundo, já alguma vez visitaram as instalações da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto? De Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia?

Então dêem lá um saltinho só para deliciar a vista. Aproveitem e perguntem pelo material. Aquele que é mesmo imprescindível para completar o curso que está a frequentar.

E se depois continuarem a achar que um pavilhão desportivo é imprescindível para engenheiros, o problema se calhar já é meu.

Friday, November 30, 2007

O Cristiano não está a ver bem as coisas...


"Se eu não me mexesse...

Se eu não corresse...

Se eu não me aplicasse a fundo...

Se eu não saísse do colchão...



Eu não rendia!"



Pois não.

Oh pá, mas era tão bom!

Thursday, November 29, 2007

Postas e Registos

O Posta@posta desta semana é sobre o blog 1001 Surpresas e já está online na JPR.
Podem ir lá ouvir que eu espero...

Já está?
Não?
Então ouvem depois que eu agora tenho de me ir deitar.



O Relatos e Registos foi actualizado com três posts baseados na entrevista ao Dr. Bernardino Chamusca, o antigo presidente do Conselho de Administração da Obra Diocesana de Promoção Social do Porto.
Vale mesmo a pena ir lá dar uma espreitadela.
A entrevista, versão imprensa, tem sete páginas mas garanto-vos que não me importava que tivesse mais...
O entrevistado tem, com certeza, mais mil e uma histórias interessantes para nos contar e eu ficaria "à conversa com Bernardino Chamusca" para um longo "olhar pelos bastidores da solidariedade".

Wednesday, November 28, 2007

Mistérios

Alguém é capaz de me explicar...

... por que é que os jogadores de futebol reclamam sempre que o árbitro marca uma falta ou decide sacar do cartão amarelo ou do cartão vermelho?
Nunca vi nenhum árbitro dizer:
“Ai se não estás de acordo então, se calhar, já não é penalti. Desculpa lá. Foi só pa aparecer na televisão.”

Mas queixarem-se alguma vez mudou alguma coisa?
Não sei, mas isso também sou eu que não percebo nada de futebol.


Alguém é capaz de me explicar...

... por que é que os condutores apitam nas filas de trânsito?
Se é pela musiquinha das buzinas liguem o rádio.
Se não têm rádio fechem as janelas do automóvel e abanem o capacete para as pessoas pensarem que vocês têm rádio.
É que é verdadeiramente triste não ter rádio.

Não percebo... alguma vez apitar no trânsito mudou alguma coisa?
Já alguém conseguiu passar por cima?

Vai-se a ver...


Alguém é capaz de me explicar...

... como é que há uma árvore gigante, com 2,4 milhões de microlâmpadas multicoloridas a apagar e a acender, a tapar a Câmara Municipal do Porto mas não há um único caixote do lixo desde a Livraria Lello e Irmão até ao final da Rua dos Clérigos?


Alguém é capaz de me explicar...

... o que é que aconteceu ao telejornal da SIC?
Para onde foi o pivot?
De onde é que apareceram aqueles dois, que antes eram jornalistas, mas agora estão lá para comentar as notícias?
(Possivelmente, retomarei este assunto com toda a revolta que me é característica num post acompanhado de mais tempo)

Português Amigos, Bom Português!

Este é mais antigo que o outro mas ainda me faz rir que é uma coisinha parva.

É que também eu conheço quem vá a restaurans e ande de taxe.
E confesso que, de vez em quando, ataco os atacadores, mas é só se estiver com muita pressa.
É por estas e por outras que cá para o norte se perdem sapatilhas, não se perdem ténis.

Já nem falo do povo que amanda coisas, que geralmente também é aquele que se assenta.

Sunday, November 25, 2007

Nasceu Novo Blog



Chama-se, temporariamente, Sopa de Números mas em breve terá novo título. Muito provavelmente o de "Ele Há Gente Estranha".

Para quem adora números e é tarado por Economia aconselho vivamente a sua visita. Quem gosta de ver coisas bonitas também pode lá ir que ele tem um ar jeitoso e muitas imagens com rectas que na realidade são curvas.
Para quem não aprecia elasticidades e contas a curto, longo e médio prazo, muito menos custos e produtividade, vá espreitando que um dia destes ele é capaz de ter mais qualquer coisa.

É escrito por mim e por esta criatura, que ainda vai fazer uma grande diferença no mundo. No meu já fez e continua a fazer.

Para já, o blog está a ser avaliado, em breve poderemos acrescentar as nossas alarvices, agora não convém.

Friday, November 23, 2007

A Dupla Personalidade


Olhem, olhem... o que eu descobri.


A Dupla Personalidade é um blog com tiras de BD. E é uma pérola!


Ide lá ver que ele já está nos Bolos Recomendados.


Aqui fica a entrevista d'A Autora ao Posta a Posta.



PS - O blogger diz-me que este é o post número 101.

Só para ser diferente (e não por que não reparei que há dois posts atrás já estava no 99) vou festejar o 101 e não o 100!

Parabéns Sonhos São Bolinhos Com Relatos e Confidências!

Wednesday, November 21, 2007

É Tudo uma Questão de Perspectiva

“Não sei se as pessoas perceberam que naquela questão entre o Hugo Chavez e o Rei Juan Carlos o mal educado foi o Chavez.
É que o Juan Carlos fez-lhe uma pergunta : “Porque não te calas?”
E o Chavez não lhe respondeu.

É falta de educação não responder a quem nos faz uma pergunta.”


Ricardo Araújo Pereira in RTP2

A Minha Primeira Notícia

... publicada assim para o povo ver está aqui.
No JPN.
Tenho uma notícia publicada.
Não é nada de especial...
Mas é um orgulho!

Monday, November 19, 2007

Sempre a Informar


Em relação ao meu post "A Pensar No Futuro" devo, com grande tristeza, dizer-vos que quem segue Multimédia é Técnico de Multimédia.

Ciências da Comunicação dá para:
Jornalista...
Assessor...
Técnico.

'Tá bem. Faz sentido.

É um pouco como aquela coisa de um indivíduo obter uma licenciatura em Medicina e ser o Sr.Doutor Fulano.
E outro tirar uma licenciatura em Enfermagem e ser o Sr. Enfermeiro Cicrano.
Também está bem.

E porque é que num hospital é comum chamar "Oh menina!" à
enfermeira mas nunca na vida se chama "Oh menino!" ao médico?

Ah! Agora quase que vos apanhava... ides na minha conversa é o que dá.
O problema aqui é que um é homem e outro é mulher.
É raro ouvir: "Oh menino!" quando se ouve chamar o enfermeiro, mas não é raro ouvir "Oh menina!" dirigido a uma médica. Aqui é mais medir a miúfa que o doente tem do profissional à sua frente. Um homem impõem mais respeito.
Humm, pensando melhor depende...
Mas não é uma questão de curso é de sexo!

Agora que já chamei a vossa atenção quero dizer que não acho bem.
Um técnico é alguém que percebe mesmo da coisa.
Um Doutor é alguém que faz de conta que percebe e recebe muito mais por isso!
Eu tenciono não perceber lá grande coisa e ganhar bem..

A não ser que os técnicos sejam da TVCabo...

Também nunca percebi donde é que vem o doutor da licenciatura.
Um indivíduo completa o mestrado e passa a Mestre mas acaba o doutoramento e volta outra vez a doutor? Estuda-se mais e desce-se de nível? Que falta de sorte.
Algumas pessoas diriam que os da licenciaturas são os Soutores... Lá está outra coisa que me enerva. Que é isso de Soutor? Um senhor doutor sem tempo para falar português em condições?

*_*

PS - Os enfermeiros são tratados por Srs. Enfermeiros porque assim o decidiram na Ordem dos Enfermeiros.
Acho eu! Mas isto também não é o Público.pt, é o meu estaminé!
Se estiver enganada faxabor de me corrigir.


Friday, November 16, 2007

Abracei Novo Projecto

Chama-se Posta a Posta (o blogger não me deixa escrever arrobas. Sacana.) e o primeiro programa deu trabalho que foi uma coisinha parva.
Acho que o facto de vos estar a escrever às 5 e meia da manhã reflecte um pouco isso.
Ou se calhar é do café...

O Posta a Posta é um programa sobre peixes, mar e pescadores que se arriscam nessas águas profundas cheias de mistérios. Passamos um dia inteiro com um pescador e depois contamos a experiência.

Não é nada. Podia ser, mas não é.

Todas as semanas escolhemos (eu, ela, ela e o mentor) um blog e falamos com o autor para saber mais sobre um e outro. Com uma musiquinha de fundo e a minha voz a estragar o esquema, já tendes programa para os próximos cinco minutos.

Antes que se ponham para aí a disparatar, eu não estou autorizada a fazer programas sobre blogs de amigos.
Markl, Nogueira, já sabem, eu tentei mas o mentor disse que não.

O Posta a Posta é um programa semanal da JornalismoPortoRádio, que, por sua vez, é um projecto online do Curso de Ciências da Comunicação da FLUP.

Se forem explorar a JPR, aconselho vivamente a UPactiva.
E como diz uma das vozes que lá se ouvem:
Mantém-te activo, por isso, mexe-te, clica aí no link e toca a ouvir o Moving Pictures!

Presidente Bush dá Provas de Grande Sabedoria

Ora isto é o que se chama um título enganoso mas muito apelativo.
A minha criatividade está ao rubro a estas horas da noite, só assim conseguiria combinar na mesma frase “Bush” e “sabedoria”, sem recorrer à negativa.

O Presidente desse grande país que é os EUA (é os Estados Unidos? são os Estados Unidos? Realmente o português é difícil, o senhor tem razão) vetou, e com muito orgulho, a proposta democrata que pretendia ensinar o português, como segunda língua, ali no seu país.

Chamou-lhe um projecto gastador.
Disse que o ensino de português era, assim a modos que, a mesma coisa que uma prisão–museu, outro projecto democrata.
Sabeis o que é uma prisão-museu?
Eu não sei e pela cara de Bush ele também não sabe, nem se deve ter preocupado em saber.
Mas não gostou.
Só por isso, eu cá acho que deve ser giríssimo.

O inquilino da Casa Branca disse que não era uma medida responsável.
Pois claro que não é!
Invadir e bombardear países é muito mais responsável!!
Os democratas são tão disparatados...
Gastar dinheiro com o ensino.
Com a quinta língua mais falada no mundo, ainda por cima!
Onde é que já se viu?!
Se um tipo estudar, corre o risco de não ficar tão burro como o Presidente Bush.
Deus nos livre de uma coisa dessas!

Ora, Mr. Bush, George, vá, o senhor é uma besta!
E digo besta porque este é um estaminé de família e qualidade...

Amanhã já tenho um míssil à porta, que para isso há dinheiro.
Mas pensando melhor... se calhar não.
É que o Mr. Bush não sabe ler português, nem quer que alguém nos EUA saiba.
Eu, na realidade, compreendo. Se, para si, falar inglês já é um “Ai Jesus” imagino falar português...

Saturday, November 10, 2007

Mais Alguém Se Sente Estúpido...

... a dizer "menistro" e "Felipe" (quando o nome é com i, já sei que há Felipes com e) porque temos um i entre duas consoantes?
a dizer "Nobél"?
a dizer "alcoolemia", em vez de "alcoolémia"?

Ah pois, mas é mesmo assim que se diz, esclarecem-me os entendidos.

Agora aquela pergunta "Diz-se glicemia ou glicémia?" já não lhe parece tão parva pois não, Sra Dona Orientadora de Estágio?

O que parece parvo é a resposta que me deu depois do olhar de escárnio e gargalhada de gozo: "Ó Tatiana, escreve-se das duas maneiras, logo pode-se dizer das duas maneira!"
Não se escreve não. Escreve-se sem acento.

É por isso que eu digo que, às vezes, os profes sabem menos que nós.
É preciso muita inteligencia para dizer "Não sei", olhem o que vos digo!
Não percebo porque é que alguns profes ainda não atingiram este Q.I..

Lembranças recalcadas deixem lá...

PS- Dispenso comentários do género:
Olha parvo, parvo... foi este post!

Tuesday, October 30, 2007

Quietinhos é Que Eles Estavam Bem

O Shopping 8ª Avenida volta a ter uma daquelas iniciativas giras que só servem para criar polémica que, por sua vez, serve para atrair povo ao estabelecimento em questão.

O 8ª Avenida, em S. João da Madeira, já havia gerado controvérsia ao exibir nos WC masculinos uma montra de vidro com manequins em poses sensuais atrás dos urinóis.
É interessante e daria um bom texto humorístico mas não é disto que vos quero falar.

Os senhores da administração do Shopping lá devem ter achado que era um pouco triste os homens serem os únicos com privilégios e atenção especial. Então decidiram fazer algo pelo sexo feminino.

Criaram quatro lugares de estacionamento só para mulheres.
Que prestáveis...
Num parque com 1400 lugares...
Um pouco restritivos...
E são cor de rosa.
Que queridos...
E são anormalmente largos...
Que bestas...

Os lugares são muito próximos da entrada do Shopping. Dizem que é uma “gentileza” que fazem às clientes porque elas fazem muitas compras e têm de carregar os sacos todos para o carro. Mas é só àquelas quatro.

Já ouviram falar duma cena chamada mala?
Fica atrás do carro, não é bem de lado.

São mais largos que os lugares reservados a grávidas, deficientes ou idosos.
Estou chocada.
E indignada.

Ora, mesmo que demore quinze minutos a estacionar o carro sem bater em nada não me parece que vá estacionar ali.
É uma questão de princípio, até porque toda a gente sabe que quanto maior for o espaço pior é, ou já não se lembram do vosso exame de condução?
By the way, o meu estacionamento é perfeito, os quinze minutos foram apenas a título hipotético e exemplificativo.

O que vale é que o mais provável é estacionarem ali seis homens em vez de quatro mulheres.

Francamente...
Mais largos...
Que insulto!

Agora se não se importam vou lá abaixo deixar o meu contacto naquele Mercedes que estava estacionado ao lado do meu Corsa. É que sem querer dei-lhe um beijinho...

Saturday, October 27, 2007

A Pensar no Futuro

Estava aqui a meditar e deparei-me com uma pequena inconsistência...

Quem segue Jornalismo é jornalista.
Quem segue Assessoria é assessor.
E quem segue Multimédia é o quê?

Monday, October 22, 2007

Os Incorrigíveis

O Sapo e as Produções Fictícias juntaram-se para um projecto que une todas as semanas cinco humoristas do nosso Portugal.

Ricardo Araújo Pereira - segundas-feiras
Bruno Nogueira - terças-feiras
Zé Diogo Quintela – quartas-feiras
Herman José – quintas-feiras
Convidado – sextas-feiras

Os Incorrigíveis têm um vídeo (cada um) todas as semanas.

Deixo-vos este... que para além do grande Bruno Nogueira tem a ainda maior Maria Rueff.

Dumbledore no Telejornal

Da Ficção para a Realidade


Sou fã dos livros do Harry Potter.
Ouço o PotterCast todas as semanas.
Visito o Leaky assiduamente.
Ouço wizard rock com uma frequencia muito pouco saudável.

Mesmo assim...
Alguém é capaz de me explicar porque é que o facto de JKR ter inventado agora (peço desculpa, revelado agora) que Dumbledore é gay é notícia do telejornal?

Se calhar tem a ver com os 25 dias que faltam para o lançamento da versão portuguesa dos Deathly Hallows – Harry Potter e os Talismãs da Morte.

Hummm
Olha, olha...
Se calhar é!

Estratégia de Marketing??
Naaaaa....

NOTA:
Hallows são relíquias, mas deixem lá. O Principe Misterioso foi uma tradução bem pior.

P.S. – Ainda se o Dumbledore tivesse encontrado o hipopótamo da Maddy...
Agora assim...

Sunday, October 21, 2007

Cinco Razões Para Não Usar o Preservativo

Quando a publicidade é boa, é mesmo boa!
O argumento, realização e produção, cabem à "Monomito".

A dica veio do corpodormente.

E Assim Se Vê a Força da UP!

Depois de uma semana de cair para o lado (literalmente), o Coliseu do Porto brindou-me com uma recompensa.
O primeiro dia do XXI FITU.

Eram quase horas de me pôr a mexer.
Olho mais uma vez para o bilhete e relembro porque é que não me posso enfiar já na cama.
Não me apetece jantar.
Estou demasiado cansada para mastigar.
Volto a olhar po bilhete.
Tem mesmo de ser.
Já estou atrasada, para não variar.
Toca a traçar a capa e sair porta fora.
Agradeço ao senhor pelos e jeans e sapatilhas.
Não sei quantos palavrões teria dito desde o elevador até à porta da rua se tivesse de calçar os sapatinhos, extra-desconfortáveis, do traje.
Esta noite sabe bem ser veterana.
Cheguei ao Coliseu à hora marcada para o início do espetáculo.
Subo até à zona vertiginosa dos pobres, a Galeria.
Está às moscas.
As horas passam, o Coliseu vai enchendo timidamente, até que tarde e a más horas o espetáculo começa.
A Tuna Feminina do Órfeão faz as honras, como sempre.
Não gosto de tunas femininas.
São sempre muito bem educadas, não têm piada nenhuma.
Depois dedicam as músicas ao totó que tem mesmo de ir a todas as actuações delas ou fica sem sexo durante um mês.
E agradecem às mamãs com os clichés mais foleiros de que se conseguem lembrar, do estilo “a tua força é a minha força”.
E falam da amizade e de mais-num-sei-quê como se o povo não soubesse que elas são umas cabras umas para as outras e que metade da vida delas é passada em jantares com muito vinho e muita figura de urso.
Cantam bem mas enervam-me profundamente.

Finalmente as tunas a concurso!
Piadas ordinárias e o povo a mexer e a cantar.
É o que se quer num encontro deste género.
A TEUP, Engenharia, não decepcionou.
Já nos habitou a estas actuações do melhor que se faz na Academia.
Nunca tinha ouvido a Tuna da Universidade de Aveiro.
Não sabia o que estava a perder.

E a TAFEP.
Tenho uma costela de Economia.
Num percebo nada de taxas de juros e de mercados de oferta e de procura mas gosto mesmo deles.
Continua a ser a minha tuna favorita e ontem estiveram mais que bem.

A TUP conseguiu um colminar da noite em beleza.
Melhor é difícil.





“Quero ficar sempre estudante.”
Não desesperem amigos.
Com bolonha acho que vamos conseguir.
Ou isso ou um esgotamento no Magalhães de Lemos, um deles.

Um detalhe mais profundo da noite aqui.

Friday, October 12, 2007

It's Everywhere!

Opá, isto é que é saber exprimir a raiva!
O senhor da guitarra é o humorista Rob Paravonian e a sua fúria é dirigida a Canon em Ré Maior, uma obra de Johann Pachelbel


Rui Veloso - Um Ganda Maluko no Coliseu

Acho que a partir de agora vou todas as semanas ao Coliseu do Porto.
Essa sala de espetáculos tem-me oferecido grandes noites.
E quando digo oferecido é mesmo oferecido que quero dizer.

Ontem fui comemorar o centésimo sexagésimo sétimo aniversário do Montepio Geral.
(Escrevi 167º por extenso só porque é giro.)
Fui naquela ideia de apoiar o meu banco, as finanças e a economia portuguesa... ouvir um discurso do administrador e...
Claro que não.
Mandei a notícia que tinha para escrever às urtigas e fui ver o Rui Veloso.
Também ele quis apoiar essa grande instituição que mudou de cara e agora é cor-de-laranja.
Ainda não sei muito bem como isso me faz sentir.
Essa mudança radical para atrair o público jovem, esse esforço que transmite um MG a mudar, como só o cor-de-laranja e um novo logotipo conseguem.
(Ouvi dizer que o verde alface também funciona.)
Mas isso quer dizer que agora os relógios, as canecas, os pólos e as T-shirts do MG vão ser em laranja e não em azul?
Estou preocupada...

Voltando ao Rui Veloso...
Entrou com todo o tempo do mundo e falou-nos de uma camponesa.
Depois passou-se na guitarra eléctrica (e que bem que ele se passou) enquanto oferecia gargantilhas roubadas.
Nas músicas que se seguiram fez-se acompanhar da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Com a ajuda de uns arranjos de Bernardo Sassetti encantaram-nos com Veia do Poeta e Não Queiras Saber de Mim.

Mas foi com Porto Sentido que o Coliseu revelou que até estava bem compostinho.
Da forma como povo cantou parecia que não havia uma única cadeira vazia.

Juras de amor e promessas devidas antecederam um Chico Fininho, versão acústica, da mais deliciosa loucura.
Viajou-se de Nova Iorque até Porto Côvo até se fazer uma noite pouco iluminada.
E com ela chega o meu momento favorito.
Não Há Estrelas no Céu será sempre uma das minhas canções favoritas e devia ser trabalhada nas escolas ao lado d’Os Maias e de Fernado Pessoa.

O Concerto termina, mais uma vez com o Coliseu ao rubro, a querer ir ao rivoli com aquela miúda do anel de rubi.

Mas a Paixão não finalizou a noite e Veloso voltou ao palco com um Lado Lunar e um Porto muito, muito Sentido.

Monday, October 01, 2007

Lado a Lado no Coliseu do Porto

Começo por agradecer uma prenda de aniversário que foi mais uma noite para partilhar.
Que venham muitas mais como esta.
Obrigado pelo meu bilhete mágico e pela vossa companhia.

A noite de 29 de Setembro chegou.
Um deslize em curva, três voltas à Baixa e várias rampas depois estavamos sentadas na Tribuna do Coliseu do Porto.
Pouco passava das 22 horas quando ela entrou em palco.
A Mafaldinha, ao vivo e a cores.
E desta vez consegui vê-la mesmo, assim com olhos de gente.
Como quem olha para uma voz que nos acompanha há tantos anos.
Como quem sente as letras que foram descrevendo as fases da nossa vida.
Simplesmente Mafalda Veiga.


Na cadeira ao lado, protegido pela sua guitarra, sentou-se um humilde João Pedro Pais que manteve a consciência de que se sentava ao lado de um grande talento.
Mas para grande surpresa minha, e provavelmente dele também, a grande maioria do Coliseu - que estava à pinha - foi lá por ele e não por ela.
E o “Zé Pedro” esteve muito bem.
É verdade que já pensava nas frases completas antes de as dizer aos solavancos mas há que dar um deconto ao menino que cantava para “o seu Porto”.
No entanto, o momento mais alto da noite foi dela.
Com a música que ela mais gosta de nos ouvir cantar.
Dedicou-nos Cada Lugar Teu porque como ela confessou:
Esta será para sempre a vossa música.”
E foi a vez do Coliseu cantar para eles num momento que emocionou muita gente.

A noite contou também com a presença de Fausto em duas canções e com um tema ainda por gravar de Mafalda Veiga – Balançar.

Um grande concerto que abriu com O Dia Mais Longo e acabou por passar num instante.
E eu ainda não acredito que voltaram ao palco pela terceira vez para cantar a música que eu pedi.
Um Muito Obrigado.



Vou agora ouvi-la mais uma uma vez, aqui em baixo, para relembrar cada segundo desta noite que acendeu os lumes das nossas vidas.



Sunday, September 23, 2007

Teoria das Duas Torradas

Hoje quero falar-vos de um assunto que, para mim, é da máxima importância.
Algo que me inflige um prurido intelectual de grau 3.
Este tema fez-me desenvolver uma das minhas muitas teorias, a Teoria das Duas Torradas, que hoje partilho convosco.

Quando vamos a um café e queremos pão de forma com manteiga pedimos meia torrada ou uma torrada.
O que raio é meia torrada?
Meia côdea com meio miolo?
Porque isso é que é meio para mim.
Meio, metade de um.
A meia parte de um todo.
Ora vejamos...
Uma fatia de pão é meia torrada e duas fatias de pão são uma torrada.
Quem é que inventou isto?
(Deve ter sido o mesmo senhor que inventou Bolonha.)

Uma tosta é uma tosta mas uma torrada é meia torrada.
E não me venham com a treta de que um pão tem duas metades.
Meia torrada, não é meio pão torrado. São duas coisas diferentes.
Se quisermos um pão com manteiga, mesmo que torrado não pedimos torradas, pedimos um pão com manteiga.
Torrada é por definição pão de forma da mesma forma que um croissant é por definição um croissant.
Por isso, cá para mim e, segunda a lógica, uma fatia é uma torrada e duas fatias são duas torradas!
Isto para mim é claro como a água mas, pelos vistos, para o resto do mundo não.
O resto do mundo também não direi.
Não sei como é na Arábia Saudita, talvez lá duas torradas sejam duas torradas.
Ou se calhar lá não fazem torradas.
Quem é que se lembrou de dizer:
“Queria uma meia de leite e meia torrada se faz favor”?
A meia de leite já percebo.
Meia parte de leite, meia parte de café.
Está certo.
Agora meia torrada?
Que é isso meia torrada?
E um tipo pede uma torrada e trazem-lhe duas torradas?
Não foi isso que eu pedi!
Eu só queria uma!
Se em casa se virarem para vocês e pedirem para torrar uma torrada na torradeira vocês também colocam duas fatias?
Não.
Colocam só uma.
Colocam duas?
Então são uns totós de uns conformistas!

Amanha vou sozinha a um café e vou pedir três torradas.
Que acham que acontece?
a) Ficam a olhar para mim com quem pensa: ela vai comer aquilo tudo?
b)Trazem-me seis fatias de pão de forma com manteiga
c)Trazem-me três fatias.
d)Perguntam-me se eu sou de cá
e)Esclarecem que eu estou na realidade a pedir seis torradas

Esta é a minha Teoria das Duas Torradas.
E agora vou comer que esta conversa toda sobre torradas e meias de leite abriu-me o apetite.

Saturday, September 22, 2007

O Apelo

Este apelo chegou-me por E-mail.
É muito profundo...
Espero que conquiste os vossos corações como conquistou o meu.

"Salvem a Terra, é o único planeta com chocolate!"

Thursday, September 20, 2007

Avé JK. Rowling!

Olá Povo,

Peço desculpa por esta ausência prolongada neste magnífico blog de tão grande qualidade.
Sei que tendes sentido falta dos meus bolinhos...

A realidade é que não tenho vindo muito aqui ao forno cozinhar porque mergulhei em leituras por mundos mágicos.
E que ricas férias foram!
Não fui apanhar sol para os Algarves nem esquiar nos Alpes.
Também não fui a Praga como certas e determinadas cartas profetizaram.

Mas...


Vi pessoas fantásticas em espelhos encantados e lutei com um basilisk.
Desmaiei ao sentir dementors e comi muito chocolate até conseguir produzir o meu patronus.
Voei entre dragões e nadei em lagos com lulas gigantes.
Fui ao ministério destruir profecias e enfrentar o Senhor do mal.
Aprendi a fazer poções como deve ser e a esventrar os meus inimigos
E por fim despedi-me de muitos amigos que já faziam parte da minha família.

Não fui eu, foi o Harry. Mas é quase a mesma coisa porque o brilhantismo com que JKR escreve transporta-nos de corpo e alma para o mundo que ela tem vindo a criar durante 17 anos como se dele fizéssemos parte.

Li o meu primeiro Harry Potter com 13 anos e aos 21 despedi-me de uma saga que foi uma fuga à realidade...de uma história que me fez sonhar como nenhuma outra.
Acho que no fundo, os fãs dos HP são todos irmãos, amigos ou pais do Harry e é difícil ficar-se indiferente àquele miúdo de tinta e papel que cresceu connosco ou àquelas personagens que o acompanharam para o bem e para o mal...
Como o Snape!
Esse anticristo delicioso, minha personagem favorita desde a primeira linha até à última.

E assim acabei de ler os Deathly Hallows e fiquei tão deprimida que não soube muito bem o que fazer comigo...
Como que caída numa música pimba senti que “depois de ti não há mais nada nem sol nem madrugada...”
mas há a Internet esse reino de tresloucados, onde habitam seres que deixaram de ser muggles e se transformaram em feiticeiros!
Um bem-haja ao Leaky, ao Pottercast e ao Wizard Rock!
Em especial aos Draco and the Malfoys.



Letra aqui.
Nunca gostei tanto de gente que cantasse tão mal.

Mas principalmente,
Thank you Joanne,
por ter criado uma história que pode ser devorada por pessoas dos 8 aos 80 anos.

Thursday, August 23, 2007

Mesa para Três

Quase duas semanas passaram e tu já fazes falta.
Esse sotaque delicioso que o teu pai não aprova mas que eu aprecio imenso.
Essa cabecinha que trabalha duas vezes mais rápido que os cérebros normais e essa poço de conhecimentos, anfitrião de tantos momentos de cultura.
É com tristeza que confirmo que nestas duas últimas semanas nada começava por A ou fazia xixi.
Também não vi chapéus...
Não me lembro de ter entoado “Transformers more than meets the eye” na passada quinzena.
Uma musiquinha tão bonita e cheia de ritmo...
Mas a perna partida da Sra Figg será para sempre o momento alto da história do Harry Potter.
E o Roberto, a Catarina e a Rute lá estão.
Ignorando completamente os seus verdadeiros nomes.
Agora que já sabemos como agir no caso de um insecto nos entrar no ouvido parece que qualquer outro tipo de conhecimento é completamente inútil.
Obrigado pelos três (muito ansiados) dias na tua companhia.
Volta sempre que o Quarto da Jo está sempre à tua disposição.

A frô @--;- e aquele abraço

P.S. – Mas, claro está, que por não teres ficado mais tempo continuas a ser um contentor cheio de cocó até lá acima.




nhanhanhanhanhanhanhanhanha
you come and go
you come and go

Texto escrito a 16 de Agosto de 2007

Friday, July 27, 2007

Voz, Mímica e Originalidade

O senhor chama-se Pablo Francisco e este é, sem dúvida, o melhor trailer de sempre.
O que uma pessoa só consegue fazer, apenas com um microfone e a voz que o Senhor lhe deu.






Se não temos esta voz podemos sempre mimar.
Até a música.
O que é preciso é originalidade.
Nos mímimos detalhes!




Se quiserem a versão completa é aqui e a versão com a Natalie Imbruglia é aqui

Peripécias

Era sábado.
A Bete fazia anos.
Desconfio que é essa a razão de ainda ter carro.
Uma espécie de aura protectora que essa data criou.
Andei uma semana a pedir indicações e a queixar-me que tinha de conduzir.
Quem me conhece sabe que conduzir é para mim um grande gosto!
A viagem para lá correu bem.
A viagem pa cá também.
Tinha, portanto, de correr algo mal no meio.

Conselho precioso:
Quando estacionarem o vosso carro em plano inclinado engatem-no. Mas principalmente puxem bem o travão de mão, assim com pujança.
Caso contrário podeis obrigar muito boa gente a dar voltas a uma rotunda em Vizela pa no final do dia encontrarem o vosso carro num sítio bastante diferente daquele em que o deixaram.. E se a Bete não fizer anos nesse dia podeis estar bem lixados.

Monday, July 16, 2007

Cidade de Deus

Porra, mas que grande filme!







Ainda não viram?

Estão à espera de quê?

Dave Chappelle

Estou, sem exagero, há mais de uma hora a rir-me com este senhor.
Dave Chappelle é simplesmente do melhor.
Quis, portanto, fazer uma pausa na risota para partilhar convosco o génio deste comediante.
A esta altura já vi tanto vídeo que nem soube muito bem qual havia de escolher.

Deixo-vos com Def Poetry Jam.
Ladies and Gentlemen... Dave Chappelle.

Friday, July 13, 2007

Decisões em Campo de Batalha



Nós somos as escolhas que fazemos e definimo-nos por aquilo em que acreditamos.
A vida não é dia sim, dia não, já o cantava Mafalda Veiga há uns anos.
É feita de pequenos instantes e decisões que mudam o rumo das nossas histórias.
E devo-vos dizer uma coisa…
isso não é poético nem profundo ou maravilhoso.
Não é a beleza de estar vivo, esta coisa de sermos responsáveis pelo nosso destino e termos de travar as nossas batalhas.
De nos estamparmos contra os postes para que depois alguém nos levante.
É duro, é difícil.
Falhar não nos torna mais fortes nem nos ensina nada a não ser o sabor amargo do fracasso.
Vai deixando cicatrizes até que um dia estamos tão marcados que já não sabemos sair à rua.
E cansa.
Viver cansa como nenhuma outra coisa.
Também já escrevia Fernando Pessoa que a vida é um profundíssimo cansaço.
Tinha razão.
Os loucos raramente se enganam.

A vida é um campo de batalha e por isso há sempre quem ganha e quem perde.
Muitas vezes perdemos sem saber exactamente quem venceu...
resta-nos acreditar que somos nós, aqueles que ganham mesmo quando perdem.
Que mais à frente no caminho teremos uma pequena compensação.

Agora, quantas vezes é que temos de falhar até sermos felizes?

Change

"The more things change, the more they stay the same.
I'm not sure who the first person was who said that.
Probably Shakespeare.
Or maybe Sting.
But at the moment, it's the sentence that best explains my tragic flaw: my inability to change.
I don't think I'm alone in this.
The more I get to know other people, the more I realize it's kind of everyone's flaw.
Staying exactly the same for as long as possible, standing perfectly still...
It feels safer somehow.
And if you are suffering, at least the pain is familiar.
Because if you took that leap of faith, went outside the box, did something unexpected...
Who knows what other pain might be out there, waiting for you.
Chances are it could be even worse.

So you maintain the status quo.
Choose the road already traveled and it doesn't seem that bad.
Not as far as flaws go.
You're not a drug addict.
You're not killing anyone...
Except maybe yourself a little.

When we finally do change,
I don't think it happens like an earthquake or an explosion, where all of a sudden we're like this different person.
I think it's smaller than that.
The kind of thing most people wouldn't even notice unless they looked at us really close.
Which, thank God, they never do.

But you notice it.
Inside you that change feels like a world of difference.
And you hope this is it.
This is the person you get to be forever...
that you'll never have to change again. "


Ephram in Everwood “East meets West”

Só para terem uma ideia...

Ilustração:
Estão a ver uma maça podre?
Pronto, ela é assim por dentro.
Ruim até ao osso.
Até explicava melhor, com cores, desenhos e tal...
Mas ela está em todo lado.

É por esta e por outras que eu bem digo...
Ela, meus amigos, não é de cá!

Tuesday, July 03, 2007

"Why Is the Rum always Gone?"

"Davy Jones: Do you fear death?
Jack Sparrow: You have no idea."

Pirates of the Caribbean: At World's End


Fiz uma pausa no estudo e fui ver o terceiro filme da saga do Capitão Jack Sparrow.
Não desiludiu.
Aliás, o Johnny Depp raramente desilude.
Poucos conseguiriam dar vida a este pirata de andar duvidoso com o mesmo brilhantismo de Depp.

Depois de dois filmes hilariantes aparece um último (até ver) mais sombrio, mais futurista e completamente insano.
Tiro aqui o meu chapéu aos argumentistas Ted Elliott e Terry Rossio que transformaram um género ultrapassado numa história viciante.
Personagens deliciosas como Davy Jones e a tripulação do Holandês Voador só podem vir de mentes estranhamente criativas.
Há pessoas que não são normais e ainda bem.
E por falar em pessoas que não são normais... Orlando Bloom neste filme... digamos apenas que o preto assenta-lhe bem.

Há quem desconfie, por isso, para tirar aqui as teimas...
Sim, é verdade que no final de cada filme dos Piratas das Caraíbas há um Easter Egg.
Uma continuação do filme (uma cena) que funciona como bónus para quem fica a ler os nomes de todas as pessoas que contribuiram para que o fime chegasse ao ecrã.
São muitos mas vale a pena.
Quando acabam os Créditos Finais o filme continua por mais uns segundos.
Quem não viu pode sempre esperar pelo DVD...

Deixo aqui o trailer para alguns reverem e outros decidirem entar nesta aventura de 168 minuos, antes que seja tarde:



P.S. - Adoro o raio do macaco.
"Thank you, Jack.
Not you.
We named the monkey Jack."



"Will: Where's Elizabeth?
Sparrow: She's safe, just like I promised. She's all set to marry Norrington, just like she promised. And you get to die for her, just like you promised. So we're all men of our word really... except for, of course, Elizabeth, who is in fact, a woman."

Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl

Monday, July 02, 2007

De manhã eu bou ó põm

Esta bonita canção chegou ao meus ouvidos pela mão da Mafa.
Fica já aqui atribuido o devido crédito.
Apesar de ainda estar em período de hibernação achei que era boa ideia partilhar isto com o povo.
Estou a falar do grande hit dos Trabalhadores do Comércio.
Um bem-haja a essa gente.
Fiquem então com "De manhã eu bou ó põm":





Agora, se não se importam, vou dar um pezinho de dança enquanto descasco uma laranjinha.

Thursday, June 28, 2007

Período de hibernação

Quem foi o otário que disse que "o saber não ocupa lugar"?

Tuesday, June 05, 2007

Ós anos!



No sábado apanhei um programa de televisão no TV5Monde que que eu já não via sei lá há quanto tempo! Fort Boyard. Lembram-se?
Infelizes daqueles que nunca o viram.
Cenário: um forte no meio do mar.
Isoladinho e solitário ali no meio das alforrecas.
Protagonistas: um grupo de seis elementos.
Acção: Uma caça ao tesouro do arco da velha.
Eles têm de trepar paredes, fazer bunging jumping, nadar até num sei onde para colecionar bóias e andar na corda bamba com uma vara a nem-sei-bem quantos metros de altura. Mas as minhas provas favoritas ainda são aquelas com as cobras, as aranhas, os gafanhotos, as moscas e, la piéce de resistance, as minhocas! A mim é que não me apanhavam naquilo. Altamente nojento. Maravilhoso de se ver.
Basicamente o povo anda de sala em sala a executar provas para obter as chaves que depois abrem a câmra do tesouro. As moedas caem do céu e tudo! Fantástico. É pena ser em francês, mas perceber o que eles dizem também não é muito importante.
Ena pá, tinha saudades daquele programa. O druída la em cima a dar as pistas para o final e as provas impossíveis de realizar... ah maravilha. E as ampulhetas fora das salas pa avisar que os tipos vão mesmo ficar presos lá dentro. Lindo, lindo.

"'Cause you are mine, I walk the line"


A história de Johnny Cash da sua paixão assolapada por June Carter.
Walk the Line, um filme baseado na auto-biografia do cantor, dá um belo serão.
Duas grandes intrepretações e umas vozes que desconhecia. Digo-vos, a Reese canta bem melhor que a June. Lovely accent by the way.

A música contagia...


Friday, May 18, 2007

Viagens de Amarelo e Branco


Éramos caloiros.
Passámos o portão da escola a medo e ansiosos, como se a vida começasse naquele dia.

Capas negras esperavam-nos no jardim, cuja relva hoje conhecemos bem.
Ensinaram-nos saudações, regras, brincadeiras e posições estranhíssimas que não faziam sentido nenhum.
Era a praxe.
Em duas semanas aprendemos que as músicas também se podem cantar aos berros, mesmo quando estamos rodeados por dois hospitais.

A primeira aula.
O professor desenha um belo dum boneco no quadro e acende um cigarro enquanto nos explica o que significa proximal, distal e medial.
Marca uma dissertação, sobre as relações sexuais entre enfermeiras e médicos nos hospitais, para trabalho de casa.
Há quem continue a tirar apontamentos.
O Peter (que na altura inda era só Tiago) vai para a rua porque pediu ao professor para apagar o cigarro, já que estava prestes a ter um ataque de asma.
No segundo seguinte estamos de quatro em cima das mesas do polivalente (naquela altura ainda não tinha o estatuto de auditório nem cadeiras de sala de cinema).
Foi a nossa aula fantasma.

6h59.
Olhos meio abertos e o coração a bater com o desespero de quem sabe que ainda falta muito para as 9h.
Nunca mais é a hora das massagens...
Deve ser quinta-feira.
Olhamos para o IPO e continuamos à espera que um doente nos presenteie com um desenho catita colado à janela, afinal de contas cantamos para eles todas as semanas. Depois olhamos para o chão.
Conhecemos bem os ladrilhos das imediações. As nossas testas também.

A nossa turma.
Não gostámos todos uns dos outros naquele início.
Pessoal de Paços, Resende, Felgueiras, Póvoa, Famalicão, Maia, Gondomar, VNGaia, Porto e até uma miúda da Madeira que falava uma língua que ninguém entendia.
O ensino superior tem as suas manhas e manias.
E tem professores, alguns que mais valia Nosso Senhor levar...
Ensinaram-nos que cruzar as pernas é um acto de masturbação e que de vez em quando devemos parar para ouvir os passarinhos lá fora.
O que vale é que os estudantes so processam 50% da informação que lhes é transmitida...

Fomos às teóricas de que o povo tanto fala!
Não fomos é muitas vezes que as mesas são duras e mais vale dormir em casa.
Também fomos às práticas.
Aprender a dobrar lençois e a fazer camas. Parecendo que não, facilita.
Criámos laços da mais pura amizade com a D. Teresa e a D.Conceição, ocupantes assíduas das camas das enfermarias, e demos banho a bebés... de plástico.

Depois veio a primeira ronda de exames.
Estudámos que nos matámos. Foi para aprender a lição.
No ensino superior é uma questão de sorte, claro que convém estudar mas o esforço que pomos no estudo não vai ser reflectido na nossa nota.
Para o final do ano já éramos meninos para estudar de véspera como manda o código.

A seguir descobrimos os trabalhos de grupo.
Mas a sério, que no secundário é só a brincar (nós é que não sabemos).
E descobrimos que depois de entregar o trabalho temos de olhar para os profes e explicar porque é que só colocámos 53 vírgulas e não 54.
Não é facil, não.

Enquanto isto, a praxe continuou. Alegre e sem razão de ser.
Ensinaram-nos a contar: 4, 5, 21...
Também nos mostraram que a aspirina provoca dores, não as tira.
Descobrimos que ovos, maionese, farinha e outros ingredientes culinários combinados nunca dão bom resultado, muito menos quando esmagados nas nossas cabeças.
Leilões a feijões também é outra coisa que não dá bons frutos.

Mas os trajes vestiram-se, as capas traçaram-se, as nabiças foram impostas... até que numa noite, durante o golo do FCP, deixámos de ser caloiros.
Parece que foi ontem.

Não. Passaram anos.

Fomos aplaudindo Tunas, apadrinhando afilhados, vivendo queimas e jantares.
Trabalhámos até acharmos que não podíamos mais... e depois mais um bocadinho.
Ritinhas.
Práticas, práticas, práticas, práticas, práticas, práticas...

Estágio. Foi entrar num avião para cair de pára-quedas no mundo real.
Eu encurtei a queda-livre para tentar outros voos.
Elas e ele chegaram ao solo, levantaram-se e decidiram explorar as redondezas com tudo o que tinham. E acreditem, era muito. Continua a ser.

Hoje as nossas vidas seguem rumos diferentes. Elas e ele salvam o mundo, um doente de cada vez. (Ou cinco em cada turno, depende do hospital.)
Eu escrevo para que o mundo saiba o que eles fazem todos os dias.

Parabéns finalistas! Foi um prazer ter feito parte da vossa viagem


Post dedicado a:

Ana Ni
Bete
Bruno
Cize
Claudinha
Ervilhinha
Li
Márcia
Mónica
Paulila,
os meus Porquinhos.


E às Sodona Liliana e Rafaelíssima que, embora não tenham feito a viagem desde o início comigo, vão estar sempre no meu ventrículo esquerdo, aquele que bombeia com mais força.

Bruno Nogueira a Solo no TNSJ

Passeávamos em Carlos Alberto numa quinta-feira que cheirava a ressaca da queima das fitas. Íamos em direcção a qualquer coisa que agora não me lembro... E lá estava ele. A olhar lá do alto em direcção aos sapatos, com as mãos nos bolsos e ar de quem tem muito que pensar e dizer sobre o mundo. Gosto particularmente deste cartaz. Gosto porque sim, porque é bonito.

- Ele vem ao Porto?
- NÃO!
- Sim...
- Não posso!!
- Terça-feira...
- NÃO!
- Sim...
- NÃO!
- Então é pa ir, não é?
- NÃO!
- Já percebi que sim.

Segunda-feira a Mafa lá foi.
Ver se havia bilhetes.
Havia.
2.
Obrigado Senhor.

Terça-feira. 21h30. Teatro Nacional São João.
O raio do teatro é brutal. Lindo, lindo, lindo.
E o Bruno é Grande. É mesmo. (inclusivé do 4º andar) Desproporcional como ele só. Entrou de mansinho com a ajuda do Alzheimer e foi o Bruno Nogueira. Aquele que já me habitou à genialidade de quem nasceu para aquilo. Nunca mais um actimel me vai saber ao mesmo.
Uma hora e meia a rir como se não houvesse amanhã.
Obrigado por teres chamado a atenção para aquela grande e preocupante questão que é: “Porque é que chamar gordo a um gordo é falta de educação mas chamar magro a um magro não?”. Só por isso Bruno, foste Grande! E também por resolveres a fome em África...

Não foram? Temos pena. Olha, tomem um Ben-u-ron.

A noite? Memorável.
O Bruno? Do melhor!

Saturday, April 21, 2007

Raios e Coriscos

Foi realmente um acidente. Tudo o resto são calúnias! Calúnias, meus amigos. Ele nunca sequer tirou férias! E ponho as tripas de fora a quem disser o contrário... especialmente se for cunhado meu e cunhado da vítima.





"Porque eu tou convencido ainda hoje que ele se calhar não pensava que tinha sido eu quando o meu cunhado disse aquilo porque há um moço que 'ta na parte de trás de mim."

Cá para mim foi dos caracóis...

Grandes Portugueses

Sim, eu não teria explicado melhor...

Eternidades

"Falamos de ti, todos os dias. Estás vivo, portanto."

RFR in sorriso-do-bisturi.blogspot.com

Não tenho saudades do avô da Rita Ferro Rodrigues, confesso. Sinto falta de outros avós... E quando há gente que aparece com frases perfeitas, o copy paste fica também cá dentro.

Friday, April 06, 2007

Modernices

Infelizmente, a ignorância já não é uma benção... é uma despesa de 35,33 € ao fim do mês...

It's all better now. Problem solved.

Saturday, March 17, 2007

Há Vidas Que Não São Vidas

Uso de procedimentos que permitem proporcionar, sem sofrimento,a morte a um ser humano que a deseja – ou que se supõe desejá-la – tão doloroso é o seu estado”. Esta é a definição de eutanásia no Dicionário Médico.

A morte e aperda foram desde sempre assuntos controversos, acontecimentos que, embora inevitáveis, são difíceis de aceitar. No entanto, mais difícil ainda é, a meu ver, a doença. Esta é algo que muitas vezes reduz o ser humanoa pouco mais de uma presença. Tudo o que um dia nos caracterizou – as nossas experiências, a nossa independência nas acções mais básicas, a nossa capacidade de comunicar – podem passar a ser apenas uma lembrança na memória dos outros. Será errado proporcionar a morte a alguém que já não tem motivos para viver?

A moral natural é a base da condenação generalizada da eutanásia, condenação esta ampliada pela moral com fundamento religioso. Um homem matar outro homem homem, sejam quais forem as circunstâncias ou os motivos porque o faz, é um abuso em relação à ordem natural. Mas não teremos nós a liberdade para pôr fim à nossa própria vida? Para os católicos, a recusa da eutanásia é uma evidência: se foi Deus quem nos deu a vida, Ele é o único que no-la pode tirar. E, por isso, devemos suportar tudo, mesmo o insuportável até ao nosso último suspiro? Prefiro acreditar que não.

Quando as tentativas de aliviar a dor de um doente em fase terminal são ineficazes ou quando ele é evitado pelos outros, abandonado numa cama de hospital ou instituição social, é errado acabar com um sofrimento que parece não ter fim? Há quem defenda que a aceitação da eutanásia levaria à quebra da confiança que o doente tem no médico. Uma sociedade que despenaliza a eutanásia arrisca-se a provocar uma enorme insegurança nos cidadãos face à actividade das equipas da saúde. Eu, pessoalmente, temo ainda mais a distanásia, ou seja, o prolongamente irracional e inútil da vida; fazer mais, para além do que é necessário, quando não há viabilidade nehuma. É difícil deixar alguém partir, a morte é, às vezes, aceite com mais facilidade pelos próprios doentes do que pelos familiares…

A alternativa médiaca e social para os casos extremos é a medicina paliativa de alta qualidade, no domicílio ou em instituições de carácter residencial. Mas e os meios? E os recursos humanos? Quem vai cuidar de quem já não quer estar cá? Nem todo o doente em fase treminal tem uma família que o acolha de braços abertos e ainda menos são aqueles que têm os recursos monetários para usufruir dos cuidados paliativos.

A realidade é que há vidas que não são vidas e das duas uma: ou o Estado e as organizações de solidariedade investem nos cuidados paliativos para que estes estejam ao alcance de qualquer um ou permite-se que o direito à autonomia do doente seja levado ao extremo, já que ele foi privado de tantos outros pela doença. O que é inconcebível no século XXI é alguém sofrer mais do que se pode imaginar porque tem de esperar pela alta celestial.

Feliz Aniversário

Atrasadinha, como sempre, mas sem falta.

O Relatos e Confidências completou ontem um ano de existência.

Um obrigado muito grande a todos os que o visitam e comentam e venha daí mais um ano a oferecer os melhores bolinhos que os sonhos têm para dar.




"525,600 minutes, 525,000 moments so dear.
525,600 minutes - how do you measure, measure a year?
In daylights, in sunsets, in midnights, in cups of coffee.
In inches, in miles, in laughter, in strife.
In 525,600 minutes - how do you measure a year in the life?
How about love?
How about love?
How about love?
Measure in love. Seasons of love.
525,600 minutes! 525,000 journeys to plan.
525,600 minutes - how can you measure the life of a woman or man?
In truths that she learned, or in times that he cried.
In bridges he burned, or the way that she died.
It’s time now to sing out,
though the story never ends
let's celebrate
remember a year in the life of friends.
Rememberthe love!
Measure in love.
Seasons of love!
Seasons of love."
Rent Soudtrack (Seasons of Love)

Thursday, February 22, 2007

Today is Grey

"Somos adultos...

Quando é que isso aconteceu?!
E, principalmente, como é que deixamos de o ser?"

Friday, February 16, 2007

LOL


Tenho de escrever sobre algo que não percebo e talvez por isso me enerve. Não sei bem quando, apareceu a moda do LOL, que muito boa gente usa sem saber o que significa.
O que significa eu sei (“laughing out loud”), que é como quem diz “rir a bom rir”, “rir a bandeiras despregadas”, “achar uma piada do caraças a qualquer coisa”, não percebo é o exagero do seu uso.
No MSN ainda se percebia. Não vemos nem ouvimos quem está do outro lado e então quando se acha muita piada a qualquer coisa escreve-se LOL, mas é quando se acha mesmo MUITA piada, tipo estar quase a cair da cadeira de tanto rir. Não me parece que isso aconteça tantas vezes quanto as que eu leio LOL.
Agora isto ainda passa, o que não passa é o seguinte:
Em conversa cara a cara com alguém eu faço uma piada, relativamente fraquinha, e em vez de se rirem dizem-me, em tom normal, - “LOL”. LOL?!?! Mas então agora até o riso vai ser substituído por palavras, acrónimos? Pelas vossas alminhas, riam-se ou não se riam, não me digam é LOL.

Sunday, January 28, 2007

Cadáver adiado… ou antecipado?

Fernando pessoa disse um dia que todos nós somos cadáveres adiados. Em verdade não há nada mais certo na vida que o seu fim, pois a morte é algo tão natural como o nascimento ou, pelo menos, assim deveria ser.
A pena de morte é uma sentença, aplicada pelo tribunal, que consiste em retirar legalmente a vida a uma pessoa julgada culpada de ter cometido um crime considerado, pelo Estado, como suficientemente grave e justo de ser punido com a morte. O que nos torna, então, tão importantes e sábios que nos permite decidir quem merece morrer antes da sua hora? O que torna o carrasco diferente do criminoso? Nada.
Na minha opinião, o primeiro e mais importante entrave à pena de morte está subjacente na própria definição. Enquanto existir a pena de morte existe a possibiliadde de executar um inocente. Desde 1973, nos EUA, 123 prisioneiros no corredor da morte foram libertados após provada a sua inocência. Lei e justiça são coisas diferentes e a última é falível, mais vezes do que as que imaginamos. Pura e simplesmente não temos o direito de retirar uma vida, seja em qual parte do mundo for. É crime. Mas isso faz-se? Faz-se.
Não sei se alguma vez conseguirei discordar de quem afirma que, para os faniliares daqueles que morreram à mercê dos assassinos, a única forma de justiça satifatória é a morte deste últimos, ams também sei que isto não traz as vítimas de volta, nem tão pouco compensa aquela perda. Acredito na prisão perpétua e numa vida inteira a ver o sol nascer aos quadrados, enquanto se olha, constantemente, por cima do ombro.
Os direitos humanos são para todos, inocentes ou culpados e a pena de morte é a sentença mais cruel, desumana e degradante que se pode aplicar.
Napoleão justificou as suas execuções dizendo que para não se punir muitas vezes, pune-se severamente. Embora por outras palavras, quem hoje defende esta violação dos direitos humanos – que é a pena de morte – usa o mesmo argumento. Desengane-se quem pensa que a prática desta sentença reduz a criminalidade mais eficazmente que os outros tipos de punição. Não há nada que comprove isso. Nada. Mais ainda, o índice de criminalidade nos EUA (onde a pena de morte é practicada em 38 dos seus 50 Estados) é dos mais altos do mundo.
Portanto, nada nos torna tão importantes ou sábios que possamos decidir quem deve pagar o quê com a vida. Como é possível que na China, por exemplo, a pena de morte seja aplicada para mais de 68 ofensas criminais diferentes? Como é que se justifica esta banalização da vida?
Afinal Pessoa estava errado. Não somos todos cadáveres adiados, alguns de nós são cadáveres antecipados.

Thursday, January 25, 2007

Casino Royale

Fui ver. Gostei. Gostei muito. Craig, Daniel Craig, muito bom. MUITO BOM MESMO. O filme, possivelmente o melhor que eu vi do 007.
Amanha há teste de informática e eu tou a treinar as frases curtas mas com muito conteúdo. Dizem-me que os engenheiros são pessoas que não gostam de muito parlapiê e o meu professor é engenheiro.
Deixo-vos ficar o tema principal do 007, Casino Royale. Não é que funcione extraordinariamente bem no filme mas ouve-se que é uma beleza... muitas e muitas vezes...

Tuesday, January 23, 2007

11 de Fevereiro

Têm-me perguntado qual a minha posição em relação ao referendo e os argumentos que a justificam...

O Direito a Ser

Queremos mesmo tornar legal o acto de despachar um filho? Ao fim e ao cabo é este o tema que emerge na sociedade actual e do qual se fala com tanto fervor e à-vontade. O referendo sobre o aborto, ou sobre a interrupção voluntária da gravidez, como alguns lhe preferem chamar, baseia-se na legalização de uma acção que põe fim a uma vida. Será isto discutível? Com certeza.
Até às dez semanas de gestação, o ovotem o nome de embrião, a partir daí recebe a denominação de feto. Devido à imaturidade dos órgãos recém-formados do embrião, há quem não lhe reconheça vida. A ciência ainda não evoluiu o suficiente para que esta opinião passe a facto científico. Para já, não passa disso, de uma opinião. Eu acredito que a partir do ovo existe vida, esta é a minha opinião. O que não está aberto a discussão é o facto de cada embrião ser irrepetível. Isso é um facto.
Com tanta polémica surge a questão dos direitos. Ouço falar no direito que as crianças têm de ser amadas e pergunto-me se, antes disso, elas não têm o direito à vida. Será justo abortar com a desculpa de que mais vale não vir ao mundo do que nascer para ser maltratada ou abandonada num caixote do lixo? Que raio de justificação ignora completamente as opções de adopção ou apenas o simples facto de que ninguém sabe com certeza o que o futuro lhe reserva? Quando há tantos casais inférteis e tantas pessoas dispostas a adoptar crianças, custa-me a entender a lógica que leva um país a investir no aborto em vez de investir na adopção ou até nos serviços de saúde materna. O que me leva a abordar o direito à escolha. A mulher tem o direito de escolher se quer ou não ser mãe. Concordo. Assim como o homem tem o direito de escolher se quer ou não ser pai. Mas esse direito existe antes de engravidar. Eles têm o direito ao esclarecimento e ao planeamento familiar. O direito aos contraceptivos e à informação completa e detalhada sobre os mesmos. Aqui reside o direito de escolha.
O aborto, mesmo o espontâneo, acarreta graves sequelas. A lista de consequências resultantes do aborto é vasta. Não acredito que a despenalização da IVG traga vantagens ou que mude alguns dos pontos mencionados para melhor, muito pelo contrário.
È preciso fazer mais e melhor, o que exige esforço e criatividade para chegar até que se está nas tintas porque existe sempre a opção de abortar.



"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

NÃO.

Tuesday, January 16, 2007

Deram-me Cabo dos Globos

Sim, continuo em hibernação para exames, mas a modos que ontem o AXN ia dar em directo a gala dos globos de ouro e eu... eu queria ver. E vi. Interrompi a hibernação, sai da gruta, e pus-me em frente à televisão à meia noite e meia, pronta para ver a gala. E nisto aparece-me no ecrã uma jovem muito sorridente com um calhamaço de apontamentos no colo a anunciar que está muito entusiasmada com a gala dos globos de ouro e mais umas tretas, sempre com o mesmo sorriso de orelha a orelha, enquanto auto-corrigia constantemente palavras que tinha dito bem. Atrás dela está um plasma onde onde se vêem desfilar as estrelas de cinema na carpete vermelha à entrada do Hotel Beverly Hilton.
Pensei cá para mim: “Oh cum catano! Atão num queres ver que não me vão deixar ver isto em paz e que vou ter de ouvir esta a gaja a traduzir aquilo que eu já percebi e a falar por cima dos tipos do cinema?”
É então que me aparece Dario Oliveira – especialista em cinema. (Como eles o identificaram em rodapé) Antes de mais nada, está correcto, o nome dele é Dario e não Dário. Não sabia que alguém se podia chamar Dario. Acho que era mais feliz quando não possuia essa informação. Em segundo lugar, a gala durou cerca de 4 horas. Sabeis o que é estar 4 horas a ouvir alguém dizer: “Sabes, Dario..”; “Olha, Dario...”; “Diz-me Dario...”? Sabeis, Sabeis? Mas a minha queixa nem é esta que o senhor não tem culpa de se chamar Dario... Peço desculpa por ter gozado com o seu nome, Dario.
Aquela menina, a apresentadora Liliana Neves - que me diz o Wikipédia ser jornalista e apresentar o Hollywood Boulevard no AXN – pôs-me os nervos em franja durante quatro horas e talvez por isso eu me tenha mantido acordada até ao final da coisa. Eu explico, queria mesmo ver aquilo. Estou à espera daquilo desde o ano passado... a data estava marcada na minha agenda!( Sim, mano, estou a dar uso à agenda que me desteis). Por isso resisti, e porque os discursos tiveram piada e porque estava ansiosa para saber se finalmente entregavam o globo ao Scorsese e porque...
Mas para isso tive de ouvir a menina, jornalista cor-de rosa, a falar com um especialista em cinema não de cinema, isso eu tolerava, mas de moda!!! Sou só eu ou isto não faz sentido nenhum? “Dario, nós há pouco vimos a Annete Benning e ela está de branco. Eu estou agora a lembrar-me dela há dois anos atrás com um vestido preto.. O que é que tu achas?” O que é que tu achas?? Eu não inventei isto. É uma citação, juro. É que fica gravado no tímpano. Também não ouvi Tom Hanks a apresentar o globo de carreira ao Warren Beatty porque eles estavam a falar por cima dele discutindo o que seria a ementa do jantar das celebridades e se elas comiam ou não. Como diria Meredith Grey: “Seriously!? Seriously?!”
Preferia ter estado a ver o Brad Pitt e o Jack Nicholson a comer nos intervalos do que a ouvir aqueles dois. Quer dizer, o Dario nem falou muito que ela não deixava, o que ela queria era fazer as perguntas todas do canhenho e saber “curiosidades” sobre as celebridades. Fiquei a saber por exemplo que Cameron Diaz já não está com Timberlake. Que Beyoncé não tem 25 anos mas 32. Que Clint Eastwood não diz “Action!”, diz “Ok”.Entre outras coisas que o sono, graças ao Nosso Senhor, levou.
Francamente AXN! Tanto bom jornalista paí...
O que vale é que eu devo ter sido a única pessoa a ver aquilo.