Tuesday, October 30, 2007

Quietinhos é Que Eles Estavam Bem

O Shopping 8ª Avenida volta a ter uma daquelas iniciativas giras que só servem para criar polémica que, por sua vez, serve para atrair povo ao estabelecimento em questão.

O 8ª Avenida, em S. João da Madeira, já havia gerado controvérsia ao exibir nos WC masculinos uma montra de vidro com manequins em poses sensuais atrás dos urinóis.
É interessante e daria um bom texto humorístico mas não é disto que vos quero falar.

Os senhores da administração do Shopping lá devem ter achado que era um pouco triste os homens serem os únicos com privilégios e atenção especial. Então decidiram fazer algo pelo sexo feminino.

Criaram quatro lugares de estacionamento só para mulheres.
Que prestáveis...
Num parque com 1400 lugares...
Um pouco restritivos...
E são cor de rosa.
Que queridos...
E são anormalmente largos...
Que bestas...

Os lugares são muito próximos da entrada do Shopping. Dizem que é uma “gentileza” que fazem às clientes porque elas fazem muitas compras e têm de carregar os sacos todos para o carro. Mas é só àquelas quatro.

Já ouviram falar duma cena chamada mala?
Fica atrás do carro, não é bem de lado.

São mais largos que os lugares reservados a grávidas, deficientes ou idosos.
Estou chocada.
E indignada.

Ora, mesmo que demore quinze minutos a estacionar o carro sem bater em nada não me parece que vá estacionar ali.
É uma questão de princípio, até porque toda a gente sabe que quanto maior for o espaço pior é, ou já não se lembram do vosso exame de condução?
By the way, o meu estacionamento é perfeito, os quinze minutos foram apenas a título hipotético e exemplificativo.

O que vale é que o mais provável é estacionarem ali seis homens em vez de quatro mulheres.

Francamente...
Mais largos...
Que insulto!

Agora se não se importam vou lá abaixo deixar o meu contacto naquele Mercedes que estava estacionado ao lado do meu Corsa. É que sem querer dei-lhe um beijinho...

Saturday, October 27, 2007

A Pensar no Futuro

Estava aqui a meditar e deparei-me com uma pequena inconsistência...

Quem segue Jornalismo é jornalista.
Quem segue Assessoria é assessor.
E quem segue Multimédia é o quê?

Monday, October 22, 2007

Os Incorrigíveis

O Sapo e as Produções Fictícias juntaram-se para um projecto que une todas as semanas cinco humoristas do nosso Portugal.

Ricardo Araújo Pereira - segundas-feiras
Bruno Nogueira - terças-feiras
Zé Diogo Quintela – quartas-feiras
Herman José – quintas-feiras
Convidado – sextas-feiras

Os Incorrigíveis têm um vídeo (cada um) todas as semanas.

Deixo-vos este... que para além do grande Bruno Nogueira tem a ainda maior Maria Rueff.

Dumbledore no Telejornal

Da Ficção para a Realidade


Sou fã dos livros do Harry Potter.
Ouço o PotterCast todas as semanas.
Visito o Leaky assiduamente.
Ouço wizard rock com uma frequencia muito pouco saudável.

Mesmo assim...
Alguém é capaz de me explicar porque é que o facto de JKR ter inventado agora (peço desculpa, revelado agora) que Dumbledore é gay é notícia do telejornal?

Se calhar tem a ver com os 25 dias que faltam para o lançamento da versão portuguesa dos Deathly Hallows – Harry Potter e os Talismãs da Morte.

Hummm
Olha, olha...
Se calhar é!

Estratégia de Marketing??
Naaaaa....

NOTA:
Hallows são relíquias, mas deixem lá. O Principe Misterioso foi uma tradução bem pior.

P.S. – Ainda se o Dumbledore tivesse encontrado o hipopótamo da Maddy...
Agora assim...

Sunday, October 21, 2007

Cinco Razões Para Não Usar o Preservativo

Quando a publicidade é boa, é mesmo boa!
O argumento, realização e produção, cabem à "Monomito".

A dica veio do corpodormente.

E Assim Se Vê a Força da UP!

Depois de uma semana de cair para o lado (literalmente), o Coliseu do Porto brindou-me com uma recompensa.
O primeiro dia do XXI FITU.

Eram quase horas de me pôr a mexer.
Olho mais uma vez para o bilhete e relembro porque é que não me posso enfiar já na cama.
Não me apetece jantar.
Estou demasiado cansada para mastigar.
Volto a olhar po bilhete.
Tem mesmo de ser.
Já estou atrasada, para não variar.
Toca a traçar a capa e sair porta fora.
Agradeço ao senhor pelos e jeans e sapatilhas.
Não sei quantos palavrões teria dito desde o elevador até à porta da rua se tivesse de calçar os sapatinhos, extra-desconfortáveis, do traje.
Esta noite sabe bem ser veterana.
Cheguei ao Coliseu à hora marcada para o início do espetáculo.
Subo até à zona vertiginosa dos pobres, a Galeria.
Está às moscas.
As horas passam, o Coliseu vai enchendo timidamente, até que tarde e a más horas o espetáculo começa.
A Tuna Feminina do Órfeão faz as honras, como sempre.
Não gosto de tunas femininas.
São sempre muito bem educadas, não têm piada nenhuma.
Depois dedicam as músicas ao totó que tem mesmo de ir a todas as actuações delas ou fica sem sexo durante um mês.
E agradecem às mamãs com os clichés mais foleiros de que se conseguem lembrar, do estilo “a tua força é a minha força”.
E falam da amizade e de mais-num-sei-quê como se o povo não soubesse que elas são umas cabras umas para as outras e que metade da vida delas é passada em jantares com muito vinho e muita figura de urso.
Cantam bem mas enervam-me profundamente.

Finalmente as tunas a concurso!
Piadas ordinárias e o povo a mexer e a cantar.
É o que se quer num encontro deste género.
A TEUP, Engenharia, não decepcionou.
Já nos habitou a estas actuações do melhor que se faz na Academia.
Nunca tinha ouvido a Tuna da Universidade de Aveiro.
Não sabia o que estava a perder.

E a TAFEP.
Tenho uma costela de Economia.
Num percebo nada de taxas de juros e de mercados de oferta e de procura mas gosto mesmo deles.
Continua a ser a minha tuna favorita e ontem estiveram mais que bem.

A TUP conseguiu um colminar da noite em beleza.
Melhor é difícil.





“Quero ficar sempre estudante.”
Não desesperem amigos.
Com bolonha acho que vamos conseguir.
Ou isso ou um esgotamento no Magalhães de Lemos, um deles.

Um detalhe mais profundo da noite aqui.

Friday, October 12, 2007

It's Everywhere!

Opá, isto é que é saber exprimir a raiva!
O senhor da guitarra é o humorista Rob Paravonian e a sua fúria é dirigida a Canon em Ré Maior, uma obra de Johann Pachelbel


Rui Veloso - Um Ganda Maluko no Coliseu

Acho que a partir de agora vou todas as semanas ao Coliseu do Porto.
Essa sala de espetáculos tem-me oferecido grandes noites.
E quando digo oferecido é mesmo oferecido que quero dizer.

Ontem fui comemorar o centésimo sexagésimo sétimo aniversário do Montepio Geral.
(Escrevi 167º por extenso só porque é giro.)
Fui naquela ideia de apoiar o meu banco, as finanças e a economia portuguesa... ouvir um discurso do administrador e...
Claro que não.
Mandei a notícia que tinha para escrever às urtigas e fui ver o Rui Veloso.
Também ele quis apoiar essa grande instituição que mudou de cara e agora é cor-de-laranja.
Ainda não sei muito bem como isso me faz sentir.
Essa mudança radical para atrair o público jovem, esse esforço que transmite um MG a mudar, como só o cor-de-laranja e um novo logotipo conseguem.
(Ouvi dizer que o verde alface também funciona.)
Mas isso quer dizer que agora os relógios, as canecas, os pólos e as T-shirts do MG vão ser em laranja e não em azul?
Estou preocupada...

Voltando ao Rui Veloso...
Entrou com todo o tempo do mundo e falou-nos de uma camponesa.
Depois passou-se na guitarra eléctrica (e que bem que ele se passou) enquanto oferecia gargantilhas roubadas.
Nas músicas que se seguiram fez-se acompanhar da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Com a ajuda de uns arranjos de Bernardo Sassetti encantaram-nos com Veia do Poeta e Não Queiras Saber de Mim.

Mas foi com Porto Sentido que o Coliseu revelou que até estava bem compostinho.
Da forma como povo cantou parecia que não havia uma única cadeira vazia.

Juras de amor e promessas devidas antecederam um Chico Fininho, versão acústica, da mais deliciosa loucura.
Viajou-se de Nova Iorque até Porto Côvo até se fazer uma noite pouco iluminada.
E com ela chega o meu momento favorito.
Não Há Estrelas no Céu será sempre uma das minhas canções favoritas e devia ser trabalhada nas escolas ao lado d’Os Maias e de Fernado Pessoa.

O Concerto termina, mais uma vez com o Coliseu ao rubro, a querer ir ao rivoli com aquela miúda do anel de rubi.

Mas a Paixão não finalizou a noite e Veloso voltou ao palco com um Lado Lunar e um Porto muito, muito Sentido.

Monday, October 01, 2007

Lado a Lado no Coliseu do Porto

Começo por agradecer uma prenda de aniversário que foi mais uma noite para partilhar.
Que venham muitas mais como esta.
Obrigado pelo meu bilhete mágico e pela vossa companhia.

A noite de 29 de Setembro chegou.
Um deslize em curva, três voltas à Baixa e várias rampas depois estavamos sentadas na Tribuna do Coliseu do Porto.
Pouco passava das 22 horas quando ela entrou em palco.
A Mafaldinha, ao vivo e a cores.
E desta vez consegui vê-la mesmo, assim com olhos de gente.
Como quem olha para uma voz que nos acompanha há tantos anos.
Como quem sente as letras que foram descrevendo as fases da nossa vida.
Simplesmente Mafalda Veiga.


Na cadeira ao lado, protegido pela sua guitarra, sentou-se um humilde João Pedro Pais que manteve a consciência de que se sentava ao lado de um grande talento.
Mas para grande surpresa minha, e provavelmente dele também, a grande maioria do Coliseu - que estava à pinha - foi lá por ele e não por ela.
E o “Zé Pedro” esteve muito bem.
É verdade que já pensava nas frases completas antes de as dizer aos solavancos mas há que dar um deconto ao menino que cantava para “o seu Porto”.
No entanto, o momento mais alto da noite foi dela.
Com a música que ela mais gosta de nos ouvir cantar.
Dedicou-nos Cada Lugar Teu porque como ela confessou:
Esta será para sempre a vossa música.”
E foi a vez do Coliseu cantar para eles num momento que emocionou muita gente.

A noite contou também com a presença de Fausto em duas canções e com um tema ainda por gravar de Mafalda Veiga – Balançar.

Um grande concerto que abriu com O Dia Mais Longo e acabou por passar num instante.
E eu ainda não acredito que voltaram ao palco pela terceira vez para cantar a música que eu pedi.
Um Muito Obrigado.



Vou agora ouvi-la mais uma uma vez, aqui em baixo, para relembrar cada segundo desta noite que acendeu os lumes das nossas vidas.