Monday, August 11, 2008

De Regresso

Há dias em que acho que são os outros mas por vezes acredito mesmo que sou eu que não sou normal.
O problema desta merda é que há de haver sempre um puto de um defeito - do qual não temos culpa nenhuma, já que o carregamos sem o querer e não há muito que possamos fazer para o mudar mesmo depois de várias e esforçadas tentativas - que nos vai atormentar até ao nosso último suspiro.
E vai massacrar-nos não porque nos faça aflição mas porque os outros vão relembrar-nos constantemente de que o temos.
A nós não incomoda, mas pelos vistos provoca um enorme prurido intelectual aos outros que não o têm e não percebem porque não havemos de ser todos iguais.
Mas eles é que devem ter razão: devíamos ser todos iguaizinhos, fazer as mesmas coisas, da mesma maneira e ter exactamente os mesmos gostos.
Assim o certo e o errado faziam muito mais sentido, não havia guerras nem esquisitices nenhumas.
A vida não ia ter objectivo nenhum mas eu ainda não percebi porque é que andamos por cá, por isso não me ia fazer grande diferença.
Porque temos de aprender uma coisa, não basta fazer o que é preciso, é preciso fazê-las ao ritmo dos outros.
E se tiramos 19 devíamos ter tirado 20 e se tirámos 20 para além de não termos feito mais do que a nossa obrigação devíamos ter sido a excepção do 21.

O outro problema desta merda é que ninguém é perfeito e mesmo quando já sabemos isso as pessoas conseguem sempre desiludir-nos.
Sempre.
Eu cá achava que era uma grande proeza, algo fascinante, para ver o lado positivo da situação.
Agora, após um acumulado de desilusões já me é demasiado banal para achar qualquer piada ou lado positivo à brincadeira.
Então andamos aqui a tentar desesperadamente não desiludir ninguém ou aguardamos com ansiedade a próxima desilusão?

Outro problema desta merda é que a nossa existência nunca tem interesse nenhum e por isso é que passamos o nosso tempo a falar dos outros.
E quando a nossa vida se torna estimulante é porque se cruzou com a dos outros e ao contá-la, embora nos tentemos convencer de que estamos a falar de nós, estamos na realidade a falar dos outros.

What’s the point?
What’s the fucking point?

3 comments:

Anonymous said...

Tatchy!
bom... :O
inda bem k vamos passar uns dias na paz do Sr da Praínha do Outro Lado da Rua, e assim vais poder cuspir ca pra fora os fucking points tds k tao a escarafunchar-te a mioleira :)

(Tatchy love, eu acho k tu tens uns defeitos mt à frent, sejam lá kuais eles forem :D)
akele hug*

Anonymous said...

Como eu te compreendo, primita...

Mas é assim a vida

Beijinhos...

Mário

PS: Tu e a tua amiga Jo, não me podem convidar tb pra "Praínha do outro lado da Rua"... =)

Anonymous said...

Tatxi MY LOVE!!! Ja tentei deixar aqui um post mas nada nada nadinha... eu e novas tecnologias deve dar nisto (posts perdidos algures na rede (: )... My love, tou xeia de saudadinhas tuas, deve tar agora a fazer um ano que nao te vejo:( tou por terras tenerifenses AKA estancia balnear, o meu país nao me quer como enfermeira :(

Gaja tu passa-te, tu avacalha tudo a tua volta mas lembra-te daquilo que costumo dizer: Eu começo a adorar uma pessoa quando ate dos defeitos dela gosto... E os teus defeitos sao tao maravilhosamente espectaculares :) Gosto de ti e gostei da minha vida se ter cruzado com tua e gosto que me fales da TUA vida porque para desesperante e desinteressante ja me basta a minha :D

Adorei o teu fucking point, adorei... love u girl **