Wednesday, September 15, 2010

Ano lectivo 2010 - 2011: mensagem da Sra. Ministra da Educação

Eu sei que "o tempo que é para estudar é mêmo só para estudar, porque se nós estamos a fazer duas coisas ao mêmo tempo não fazemos nenhuma bem!" 
Aliás este vídeo é um claro exemplo disso.
A Sra. Ministra está a tentar fazer várias coisas ao mêmo tempo: falar para alunos, pais e professores (e logo aí esqueceu-se que algum deste público-alvo tem, a modos que, mais do que 5 anos).
Também quer lembrar-se do que tinha planeado dizer, construir frases coerentes... coisas assim!

Mas nas próximas horas quero é "desfrutar de cinema", que os mais novos podem dedicar-se "a fazer trabalho" mas eu que sou mais velha posso fazer outras coisas... Temos é "que nos alimentar bem todos"!

Ela no fundo tem razão... já que não nos podemos orgulhar da nossa ministra da educaçao vamos tentar orgulhar-nos dos nossos alunos.

E se em vez de duas câmaras tivessem usado uma só câmara e um teleponto se calhar para além de obter um melhor discurso, o olhar da ministra até estava sempre concentrado em nós e não andava a passear... Talvez.

Conte lá, Sra. Ministra, filmar isto foi cá uma aventura, não foi?

Tuesday, September 14, 2010

Monday, September 13, 2010

4 semanas da tua ausência...

Já não existes.
O mundo continua inalterado só que tu já não estás nele.
Não consigo conceber um mundo do qual não fazes parte.
Dois anos. Foi tudo o que te oferecemos.
Uma vida inteira. Foi o que tu me deste.
Fecho os olhos e a primeira imagem que vejo é a dos teus últimos segundos de vida.
Não a consigo esquecer.
A tua aflição, o teu pânico e a tua agonia no momento em que tiveste a certeza de que te traí.
E foi assim que foste.
Não foi para teu bem. Foi para nosso.
“Era necessário”, asseguram-me.
Só que não foram eles a levar-te, a segurar-te e a matar-te.

O olhar mais meigo e sedutor que alguma vez vi, a alegria infalível - como um sol – sempre que me via, mesmo que eu só me tivesse ausentado por dois segundos.
Sempre feliz, constantemente bem-disposta e pronta para a brincadeira. Que ninguém tenha dúvidas: foi isto que desapareceu do mundo.
O meu lar está vazio.

Chego a casa, rodo a chave e ouço apenas silêncio.
Não há ninguém do outro lado a urgir-me para entrar mais depressa.
Abro a porta e já não há cauda a dar-a-dar, não há sorriso canino, nem correrias desenfreadas, nem xixi, nem alegria.
O que há é apenas vazio.
O que há é apenas ausência.
É uma ausência que pesa e inunda porque aquela já não era a minha casa, era nossa e hoje já não me parece de ninguém.

Estás em todo o lado.
Como podes não estar em parte alguma?

Mantive-te o máximo de tempo que pude e amei-te o melhor que soube.
Hoje quero-te de volta.
Desconfio que vou querer-te de volta até ao fim dos meus dias.
Não era suposto ires assim.

Estavas imersa em quase todas as acções do meu dia-a-dia.
Estavas a meus pés, no meu tapete, ao meu acordar, vigiavas a minha labuta, acompanhavas-me às refeições e eras a minha sombra nas minhas tarefas de barata tonta.
Nunca te queixavas, nunca te cansavas.
Foste o meu aquecedor, a minha parceira de lutas e a minha companhia.
Sempre a minha companhia.

Eras sem sombra de dúvida, ou resquício de parcialidade a cadela mais linda do mundo.
Tinhas o meu million dollar focinho.
Tenho saudades tuas, a toda a hora, em toda a parte.
Sinto falta de tudo em ti, a toda a hora, em toda a parte.

Sunday, September 12, 2010

The Pillars of the Earth

The Pillars of the Earth é uma mini-série de oito episódios, assinada por Sergio Mimica-Gezzan e baseada no romance homónimo de Ken Follett.

A saga começa no séc. XII, com o naufrágio do Barco Branco e consequente morte do príncipe Guilherme, filho do Rei Henrique I, e herdeiro do trono de Inglaterra.

Após a morte de seu filho, Henrique I nomeia, pela primeira vez na Inglaterra, uma mulher como sua sucessora, a filha Matilde. Só que depois da morte do rei, o seu sobrinho Stephen usurpa o trono, dando início a uma longa guerra de sucessão, um período que ficou conhecido como A Anarquia.

A série leva-nos numa viagem aos tempos medievais para nos contar a história da construção de uma catedral, no priorado fictício de Kingsbridge.



Eddie Redmayne, Ian McShane, Matthew Macfadyen, Hayley Atwell, Rufus Sewell, Tony Curran e Donald Sutherland são apenas alguns dos muitos actores que dão vida a personagens credíveis e fascinantes numa história que nos desperta um vasto leque de fortes emoções e nos mostra a crueldade da vida na idade média.

Política, religião e arquitectura, amor e amizade, trabalho e honestidade montam o cenário de uma excelente produção com olho para o pormenor que nos cativa desde o primeiro ao último episódio.

Recomenda-se, portanto.

Sobre aquele-que-chega-em-Novembro

O realizador é David Yates, o responsável pelos últimos dois filmes.
Isto é o mesmo que dizer que este senhor realizou a melhor e também a pior adaptação destes livros para o cinema.

Estou aqui louca a fazer figas para que a primeira parte do Harry Potter and the Deathly Hallows saia como a Ordem da Fénix e não como o Half-blood Prince.
É que se engendram no último capítulo da saga palermices como queimar a Toca, ou achar que o Harry ficaria especado a olhar, sem estar sob o efeito de qualquer feitiço, enquanto ameaçam a vida do Dumbledore, alguém vai levar com um gato morto no focinho e sem necessidade nenhum.
Já têm tanto material espectacular com que trabalhar para que é que se põem a inventar, hã? Porquê?

Estão avisados, sim? Agora juizinho.

Saturday, September 11, 2010

OMG It’s alive!

Queridos leitores,

O Relatos e Confidências esteve adormecido… morto, vá, por um ano inteiro e mais uns trocos.
A boa vida acabou, meus caros.
Declaro o Sonhos ressuscitado.
(E sim, o Relatos e o Sonhos são o mesmo blog, mas eu tenho a mania que sou diferente.)
Faço, muito em breve, um quarto de século (ou 5 meias décadas como alguém já salientou) e quero dar vida a este blog enquanto ainda tenho 24 anos.
Só porque posso.

Para inaugurar o renascimento deste estaminé vou citar Pablo Neruda com um sensato e inspirador texto que já foi publicado aqui e aqui.


Morre Lentamente

“Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.”